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Peso avassalador

Em sua primeira vez no Brasil, System of a Down faz show irrepreensível em São Paulo

Maria Fernanda Menezes Publicado em 02/10/2011, às 12h30 - Atualizado em 04/10/2011, às 11h21

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Com som cristalino e todo o peso a que se tem direito, a Chácara do Jockey viu um dos melhores e mais aguardados shows de rock que passaram pela cidade nos últimos tempos. O System of a Down fez, no sábado, 1, uma apresentação com todos os ingredientes – e músicas – esperados pelos cerca de 25 mil fãs que aguardavam em longa fila, ansiosos pela entrada da banda norte-americana de ascendência armênia, pontualmente às 21h30 e precedida pelo grupo Macaco Bong, de Cuiabá, cuja apresentação instrumental foi um bom aperitivo para o que viria.

Começando com “Prison Song”, seguida por “B.Y.O.B.”, que enlouqueceu o público e fez rodas se abrirem por toda a pista, o grupo fez a plateia cantar junto hits e lados B de seus cinco discos, como “Radio/Video”, “Deer Dance”, “Hypnotize” e “Psycho”. “Chop Suey” foi precedida do refrão de “Disco Inferno”, hit dos anos 70 do grupo The Trammps, com o vocalista Serj Tankian (bem mais comportado do que era antes do hiato que a banda fez entre 2006 e 2010) pedindo ao público “para balançarem os quadris para a direita e para a esquerda”.

Os paulistanos vibraram a cada acorde e quebrada das músicas seguintes, “Lonely Day”, “Bounce”, a belíssima “Lost in Hollywod” e “Kill Rock and Roll”, seguida por “Forest”. Depois de “Science”, uma das mais aplaudidas, Tankian relembrou o episódio do genocídio armênio, que matou milhares de pessoas no começo do século 20 e declarou ser “a favor da causa do povo indígena no Brasil”, se referindo à recente liberação da construção da usina de Belo Monte. Então a banda disparou “Mind”, “Innervisions”, “Holy Mountains” e a ovacionada “Vicinity of Obscenity”. O guitarrista Daron Malakian disse que “o povo de São Paulo saber soar alto”, e convocou a plateia a, além de ser alta, enlouquecer. Resposta dada, com a sequência final: “Tentative”, “Cigaro” e o gran finale com “War?”, “Toxicity” e “Sugar”.

O SOAD desembarca neste domingo, 2, no Rock in Rio e, ao que tudo indica, fará mais uma bela apresentação, com rock muito bem executado, cheio de peso, melodias elaboradas e, principalmente, músicos tocando em função da música.