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Rampage – Destruição Total se equilibra entre o ridículo e a pura diversão

Filme é estrelado por Dwayne Johnson, um gorila gigante e outras criaturas

Paulo Cavalcanti Publicado em 12/04/2018, às 19h35 - Atualizado às 19h46

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Dwayne Jonhson (The Rock) em cena de <i>Rampage – Destruição Total</i> - Reprodução
Dwayne Jonhson (The Rock) em cena de <i>Rampage – Destruição Total</i> - Reprodução

Atualmente, o cinema comercial que rende milhões se apoia basicamente em franquias estabelecidas e nas produções estreladas por super-heróis. Ao contrário do que acontecia tempos atrás, são os poucos atores e atrizes que conseguem ter um público fiel e proporcionar, por conta própria, uma bilheteria milionária. Um deles é Dwayne Johnson, ou The Rock, nome pelo qual era conhecido na época em que atuava como astro da luta-livre. Há poucos meses, ele já teve um grande sucesso nos cinemas com Jumanji: Bem-Vindos à Selva. A partir desta quinta, 12, ele vem com Rampage – Destruição Total. O filme tem tudo para ir muito bem e, assim, confirmar o status de Johnson como um dos astros mais rentáveis da tela grande.

Dirigido por Brad Peyton, Rampage é baseado no videogame de mesmo nome, mas, a grosso modo, parece uma mistura de King Kong, Godzilla e Alien, temperado com as situações absurdas e um senso de humor similar à animação Looney Tunes. Na trama, Johnson é Davis Okoye, um ex-integrante das forças especiais bom de briga e cheio de recursos. Mas poucos sabem do passado militar dele. Para os outros, ele é apenas um reservado cientista que trabalha em uma instituição dedicada a preservar a vida selvagem. Okoye é primatologista e se dedica aos gorilas. Diz que prefere os animais aos seres humanos e o melhor ”amigo” dele é George, um gentil e bem-humorado gorila albino que Okoye resgatou quando viu os pais do animal serem exterminados por caçadores.

O conflito vem de uma empresa de alta tecnologia, que desenvolve de forma ilegal uma substância que muda o código genético dos animais. Ao terem contato com o experimento, os bichos acabam se transformando em monstros gigantescos. Uma nave que conduz as cápsulas explode e elas caem na Terra, contaminando não só George, mas também um lobo e um crocodilo. Naturalmente, os animais saem do controle e destroem tudo que crua o caminho deles. Okoye, ajudado pela doutora Kate Caldwell (Naomie Harris), uma cientista renegada que ajudou a criar a substância, e por Russell (Jeffrey Dean Morgan), um agente do governo, tenta dar um jeito na situação. Os monstros rumam para Chicago e, em situações que desafiam o bom senso, o nosso herói musculoso e as forças do exército tentam salvar o dia.

O diretor, Brad Peyton, e o astro e produtor-executivo, Johnson, mandam um recado aqui: filmes baseados em videogame não precisam ser tediosos ou sem um pingo de humor, como aconteceu no recente Tomb Raider: a Origem. A ação é constante, mas o filme não é só correria, perseguição e destruição de cidades. O roteiro tem boas sacadas e as piadas aparecem na hora certa. Destaque para a dupla de vilões, os irmãos Claire e Brett Wyden, interpretados por Malin Åkerman e Jake Lacy, caricatos na medida certa. Johnson preenche a tela com atitude e carisma. Para quem gosta de filme de monstro, Rampage – Destruição Total é alegria garantida.