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Roman Polanski não será extraditado aos Estados Unidos

Cineasta estava em prisão domiciliar, na Suíça, esperando decisão judicial desde o final do ano passado, quando foi detido sob acusação de ter mantido relações sexuais com uma garota de 13 anos em 1977

Da redação Publicado em 12/07/2010, às 11h42

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Roman Polanski foi detido em setembro, na Suíça, sob acusação de ter mantido relações sexuais com uma adolescente de 13 anos em 1977 - AP
Roman Polanski foi detido em setembro, na Suíça, sob acusação de ter mantido relações sexuais com uma adolescente de 13 anos em 1977 - AP

O cineasta franco-polonês Roman Polanski - detido em setembro de 2009, na Suíça, sob acusação de ter mantido relações sexuais com uma garota de 13 anos em 1977 -, não será extraditado aos Estados Unidos, segundo anunciou a ministra da Justiça da Confederação Helvética, Eveline Widmer-Schlumpf, nesta segunda-feira, 12. As informações são da agência de notícias AFP.

Em setembro de 2009, Polanski, 76 anos, foi detido em Zurique, onde passou dois meses preso até receber autorização para cumprir prisão domiciliar em sua residência, uma estação de esqui em Gstaad, nos Alpes Suíços, à espera da decisão judicial.

"[Polanski] não será extraditado para os Estados Unidos e as medidas de restrição de sua liberdade estão suprimidas", disse a ministra, em entrevista coletiva de imprensa, que aconteceu em Berna, às 9h da manhã (no horário de Brasília). Segundo Eveline, "o motivo da decisão está no fato de que não foi possível excluir com a certeza necessária um erro no pedido de extradição dos EUA". Não foi informado se o cineasta já deixou sua residência. O que se sabe é que o advogado de Polanski e os embaixadores norte-americano, francês e polonês, na Suíça, foram informados da decisão.

Polanski fugiu dos EUA em 1978, pouco depois de ser acusado de violentar a adolescente Samantha na casa de Jack Nicholson. Foi preso mais de três décadas depois, quando foi receber uma homenagem pelo conjunto de sua obra em um festival de cinema na Suíça. Anos depois, o cineasta chegou a um acordo financeiro com a jovem e sua família, que retirou todas as acusações e se pronunciou publicamente pelo arquivamento definitivo do caso. Mesmo assim, os juízes norte-americanos não consideraram o pedido e acreditaram que o caso deveria ser julgado de qualquer maneira. Durante todo esse tempo, o cineasta ganhou diversas manifestações de apoio, principalmente de figuras da política e das artes.