Rolling Stone
Busca
Facebook Rolling StoneTwitter Rolling StoneInstagram Rolling StoneSpotify Rolling StoneYoutube Rolling StoneTiktok Rolling Stone

Sofisticação oitentista

O Swing Out Sister faz apresentação única em São Paulo, no HSBC Brasil, neste sábado, 3

Paulo Cavalcanti Publicado em 02/09/2011, às 19h50 - Atualizado às 20h11

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Swing Out Sister, que toca no Brasil este sábado, 3 - Foto: Divulgação
Swing Out Sister, que toca no Brasil este sábado, 3 - Foto: Divulgação

O Swing Out Sister fez parte de uma leva de grupos ingleses surgidos nos anos 80, como Everything But The Girl, Matt Bianco e The Style Council, que praticavam um som sofisticado, repleto de elementos de soul, jazz, bossa nova e de trilha sonora. Apesar de alguns membros terem indo e vindo, o SOS sempre teve como membros fixos Corinne Drewery (vocais) e Andy Connell (teclados, composições, arranjos). Dentre seus hits estão "Breakout”, "Twilight World", “Fooled by a Smle”, "Waiting Game", “Surrender” e os covers de "Am I the Same Girl" (Barbara Acklin) e "La-La (Means I Love You)" (Delfonics).

Há 25 anos na estrada, o grupo pode não estar em voga há um certo tempo, mas o Swing Out Sister nunca parou de trabalhar. Eles são cultuados na Europa e Japão e em 2008 lançaram o álbum Beautiful Mess, que foi endereçado ao público de jazz e de pop adulto. O Swing Out Sister nunca esteve no Brasil, mas vai quebrar o jejum neste sábado, 3, com uma apresentação única em São Paulo, no HSBC Brasil.

Corinne Drewery, a cantora e porta-voz do SOS, não consegue entender o fato de nunca terem tocado aqui antes: “acho que nunca recebemos qualquer tipo de proposta, fosse ela boa ou ruim”, fala rindo. Naturalmente, ela ressalta que está muito excitada em finalmente estar no país. Isso não parecer ser da boca para fora. Corinne é estudiosa da música brasileira e conhece muito mais do que apenas os medalhões de sempre - ela pode citar em um único fôlego o trabalho de gente menos manjada como Tania Maria, Azymuth e Flora Purim. E quem duvidar que eles são doidos pelo Brasil é só ir até a página do grupo na Wikipedia - Andy Connell até está usando uma camisa da seleção brasileira. Corinne também confessa que não é fã de indie rock ou pop dançante moderno cheio Auto-Tune, mas pensa que ainda existe alguma salvação para os adeptos da música mais sofisticada: “eu acho que as coisas estão mudando bem aos poucos, principalmente no meu país. Tem muita gente que não aguenta mais tanto barulho e música malfeita. O sucesso de Adele e Amy Winehouse prova que a mina de ouro ainda está no passado. Não vejo nisso apenas algo retrô ou nostálgico. Acho que a nova geração está apenas percebendo que a era de ouro das grandes composições, cheias de grandes harmonias, durou dos anos 40 aos 60, de onde bebemos nossa fonte”.

Quando percebe gente mais nova se interessando pelo trabalho de sua banda, Corinne acha que isso é um circulo que se completa. “No nosso tempo, quando tínhamos 20 e poucos anos, o grande barato era redescobrir Burt Bacharach e Jimmy Webb. Por isso, não me surpreendo com a garotada curtindo os sons feitos há 25 anos. Independente do fator nostalgia, acredito que havia muito mais criatividade e liberdade artística naqueles tempos”, conclui.