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Virada Cultural 2013: duo de hip-hop Black Star leva bateria de escola de samba para o palco

Mos Def e Talib Kweli mostraram músicas do único disco do projeto, além de faixas de suas carreiras solo

Patrícia Colombo Publicado em 19/05/2013, às 13h07 - Atualizado às 19h19

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Black Star - Gustavo Elsas/ I Hate Flash
Black Star - Gustavo Elsas/ I Hate Flash

Os rappers Talib Kweli e Yasiin Bey (o Mos Def) não abriram mão do lado gringo e convocaram uma bateria de escola de samba para dar início à apresentação deles em São Paulo, durante a Virada Cultural em 2013.

Pontualmente iniciado à meia noite deste domingo, 19, o show do Black Star no Palco Júlio Prestes foi certamente um dos melhores realizados no evento esse ano, com beats carregados e versos rápidos para fã nenhum de hip-hop botar defeito.

Os rappers já estiveram no Brasil em apresentações solo, mas nunca com o projeto Black Star. Enquanto duo, eles trazem na bagagem um dos mais elogiados álbuns de hip-hop dos anos 90, Mos Def & Talib Kweli Are Black Star (1998), que foi bem representado no show. Mas considerando que ambos MCs têm carreiras firmes e reconhecidas, seria um pouco estranho se a apresentação se tratasse apenas de uma execução do disco na íntegra. Então, como já era de se esperar, foram misturadas no set list, além das faixas do Black Star, músicas do repertório de Mos Def e de Talib (tanto solo, quanto do outro projeto dele, o Reflection Eternal, que divide com o DJ Hi-Tek).

“Astronomy (8th Light)”, “Definition”, RE: DEFinition” e “Respiration”, por exemplo, foram algumas das músicas do Black Star executadas. “Umi Says” e “Ms. Fat Booty” (primeiro single de Mos Def, lançado no final dos anos 90 como parte do disco de estreia Black On Both Sides) dividiram espaço com algumas das produções de Kweli, como “Get By” e a divertida “This Means You” (esta do disco Train of Thought, de 2000). Ao longo do show, os rappers mostraram bastante afinidade entre si e com o DJ J Rocc, que comandava as batidas e os samples de sua pick-up. E o espaço lotado da Júlio Prestes vibrava a cada verso e em cada vez que Mos Def se arriscava no português – inclusive, pendurado na mesa do DJ estava um pano preto com as palavras grafitadas em branco: “Bem-vindo. Você está aqui e a hora é agora”.

O encerramento, à 1h30, foi em clima brasileiro com o retorno da bateria ao palco e, enquanto Kweli brincou mais timidamente com a batucada próximo a J Rocc, Mos Def se enfiou no meio dos músicos e tentou tocar percussão. De quebra, mostrou quadril leve e samba no pé.