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Virada Cultural - Música eletrônica para muitos

Vitor Lima animou grande público no Largo de São Francisco

Por José Julio do Espirito Santo Publicado em 17/04/2011, às 20h22

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Dentro do imponente edifício que abriga a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, figuras parecem escutar caladas diante da vibração que chega a tremer algumas molduras. Pintados nos quadros espalhados pelos ostentosos salões, José Bonifácio, Américo Brasiliense e outros bambambãs da advocacia de outrora são o contraponto estático da festa que domina todo o Largo de São Francisco, que se transforma numa gigantesca pista de música eletrônica. Da sacada do primeiro andar, às 22h do sábado, 16, o DJ Vitor Lima animou o povo com faixas infalíveis como o remix tech-house de "Seven Nation Army", do White Stripes.

"Estou superfeliz", Lima se virou para mim e disse no meio do set. Foi sua primeira apresentação em uma Virada Cultural. "Não saio daqui sem tocar este tango", ele completou e se voltou para o público, que se divertiu por todo o largo. O tango a que ele se referiu é o house latino "Milonga", de DJ Wady & Blanco, em versão original. Pelo centro, há mais pistas de música eletrônica, mas esta se destaca pelo ecletismo. Há desde o tech-house de Vitor Lima e Maxwell Rocha, passando pelo minimal techno de Eli Iwasa e o drum'n'bass dos mestres DJ Patife e Mad Zoo até o techno sem concessões de Renato Cohen no fim da festa.

Proprietário do D-Edge (uma das casas noturnas mais conceituadas do mundo), Renato Ratier, comentou depois de se apresentar e passar os decks para Lima: "É diferente tocar aqui, mas vibe é a mesma de uma pista de um grande clube". No fundo do grande salão que serve de backstage para os DJs, destoando de tudo - da música e dos figurões das paredes - um pôster xexelento sobre a ditadura militar fica jogado num canto. Do lado de fora, o público cantava, como que em resposta, um pop clássico dos Eurythmics que sempre frequentou as pistas: "Sweet Dreams Are Made of This".