Como o 11 de setembro culminou na criação do My Chemical Romance
Saiba como o maior atentado contra os Estados Unidos foi uma consequência direta para o surgimento da banda
Lucas Peçanha Publicado em 12/09/2023, às 19h00
Saiba como o maior atentado contra os Estados Unidos foi uma consequência direta para o surgimento da banda - Créditos: Reprodução/Amazon
O trauma gerado pelo dia 11 de setembro de 2001, o provável maior ataque terrorista sofrido pelos Estados Unidos, é algo imensurável, principalmente para aqueles que perderam algum ente querido em decorrência dele. Muitos daqueles que presenciaram o atentado também foram mentalmente afetados, como foi o caso de Gerard Way, vocalista da banda emo My Chemical Romance.
O artista comentou em uma entrevista à Genius, em 2019, que estava em uma doca no Rio Hudson, juntamente com centenas de pessoas, quando pôde ver os prédios caindo, sentindo uma vasta e profunda angústia humana ao presenciar a tragédia:
Uma das maiores razões para eu começar o My Chemical Romance foi porque eu fui uma das pessoas a testemunhar o 11 de Setembro em Nova York. Aquilo parecia o fim do mundo. Parecia o apocalipse.
Way ainda chegou a comparar o ocorrido a um filme de ficção científica ou algum filme de desastre, tamanho o sentimento inacreditável que sentiu no momento da tragédia.
A “terapia” de Gerard Way para superar o 11 de setembro
Presenciar o momento do ataque às Torres Gêmeas foi bastante assustador para Gerard, e a forma de lidar com o trauma foi reunir outras três pessoas e formar uma banda.
A revista britânica Kerrang! relembrou em uma reportagem uma fala dele explicando como o My Chemical Romance foi a sua terapia para o estresse pós-traumático em decorrência do 11 de setembro, e mencionando a composição da faixa “Skylines and Turnstiles”, presente no álbum de estreia da banda “I Brought You My Bullets, You Brought Me Your Love”:
Então o 11 de Setembro aconteceu, e eu peguei a guitarra novamente, e eu escrevi ‘Skylines and Turnstiles’, e aí eu liguei para o Otter [Matt Pellissier, baterista] e aí eu liguei para o Ray [Toro, guitarrista], e nós nos juntamos com o Mikey [Way, baixista] e só começamos a construir em cima desse momento.
O vocalista ainda mencionou, em uma entrevista à Newsweek, a semelhança do clipe do hit “Welcome to the Black Parade”, presente no álbum homônimo, com os momentos que sucederam a tragédia, porém de forma desproposital.
Veja o clipe logo abaixo:
+Relembre a discografia da banda, incluindo o mencionado álbum de estreia:
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