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Filho de Tim Maia explica processo contra Corinthians: 'Nada contra Corinthians ou torcida'

Carmelo Maia agradeceu torcidas organizadas do Corinthians e afirmou como 'tem confusão contra ninguém'

Redação Publicado em 11/08/2023, às 13h08

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Tim Maia na capa de Tim Maia (Foto: Reprodução/Polydor) e Fábio Santos em jogo do Corinthians (Foto: Luciano Bisbal/Getty Images)
Tim Maia na capa de Tim Maia (Foto: Reprodução/Polydor) e Fábio Santos em jogo do Corinthians (Foto: Luciano Bisbal/Getty Images)

Após divulgação da notícia de que família de Tim Maia venceu processo contra Corinthians por uso indevido de "Não quero dinheiro (Só quero amar)" em campanha publicitária, Carmelo Maia, filho do lendário cantor brasileiro, explicou a ação judicial e aproveitou para tranquilizar a torcida.

O que motivou o processo de gravadora e família de Tim Maia contra Corinthias?

O clube de futebol paulista utilizou a canção em comerciais durante Campeonato Mundial de Clubes de 2012, no qual Corinthians foi campeão após vencer o inglês Chelsea. Como a coluna de Rogério Gentile no UOL Esportes relatou, o valor da indenização não foi definido, mas gravadora Warner Chappel, responsável pelos direitos, e os familiares pedem R$ 4 milhões.

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Vale lembrar como Corinthians ainda pode recorrer à ação. Durante os jogos do clube, a torcida canta uma espécie de paródia de "Não quero dinheiro (Só quero amar)," mas o problema foi usar a faixa sem autorização prévia em uma campanha publicitária, a qual foi veiculada em televisão e internet, que promoveu o nome do clube.

Em publicações feitas no Instagram, Carmelo Maia esclareceu o caso e agradeceu o contato de alguns torcedores do clube paulistano. "Estou vindo aqui, botando minha cara na humildade e no respeito, para falar sobre essa questão da ação contra o Corinthians. Não é nada contra o Corinthians, muito menos contra a torcida," afirmou.

Torcida: vocês devem cantar quantas vezes vocês quiserem e alterar a letra quantas vezes vocês quiserem. O que tem que ser respeitado, e não foi na época... isso pela antiga gestão, que ninguém nem está mais no Corinthians. Ninguém quis nos receber, essa é a grande verdade. Então, quando não há espaço para diálogo, só me resta a Justiça.

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"Quero mandar um salve aqui para Gaviões da Fiel, Camisa 12, Pavilhão 9, Estopim, Coringão Chopp e Todo Poderoso Fuscão," continuou. "Quem me recebeu foi a Todo Poderoso Fuscão, que entrou em contato comigo na maior humildade e tem todo o meu respeito. Quero mandar um salve para todas as organizadas do Corinthians. Boto aqui minha cara numa boa e tirei todas as dúvidas sobre o tema, estamos juntos. Não tem confusão contra ninguém."

A música do meu pai, na verdade, é licenciada e administrada por uma multinacional, que tem lá que reconhecer quando algo esbarra na lei. Quando não é respeitado [o direito autoral], tem que tomar as medidas cabíveis. E eu sou o único filho [de Tim Maia].

Então, boto minha cara aqui e explico o que aconteceu: foi feita uma campanha naquela época, na qual todos os envolvidos receberam com certeza o seu 'faz-me rir,' e o único que não recebeu foi o Tim Maia. Fora isso, digo à torcida: cante, pode cantar mesmo, não existe nada de proibição. Aliás, a lei nem fala em proibição em relação à torcida. O que a lei deixa claro é quando há exploração comercial [da música], já que são envolvidos milhões de reais em uma campanha publicitária.

O que Corinthians falou sobre o processo?

Em resposta, advogados do clube comentaram como essa paródia de "Não quero dinheiro (Só quero amar)" foi criada pelos torcedores, enquanto o vídeo teve produção da Rede Globo, e definiu como "mera paráfrase," algo que não precisaria de autorização, segundo defesa do Corinthians. Porém, Tribunal de Justiça de São Paulo não aceitou isso.

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"É certo que o trecho 'a semana inteira fiquei esperando, pra te ver Corinthians, pra te ver jogando [...]' não constitui mera paráfrase da letra original. Isso porque, além de reproduzir na íntegra o trecho 'a semana inteira, fiquei esperando,' manteve a melodia da música amplamente conhecida," afirmou Maria do Carmo Honório, desembargadora e relatora do processo.

Houve exploração econômica por parte do Corinthians, inclusive com o uso do trecho estampando nas camisetas dos jogadores.