Rolling Stone Brasil
Busca
Facebook Rolling Stone BrasilTwitter Rolling Stone BrasilInstagram Rolling Stone BrasilSpotify Rolling Stone BrasilYoutube Rolling Stone BrasilTiktok Rolling Stone Brasil

Quando uma discussão sobre Rogério Ceni quase encerrou o Sepultura

Andreas Kisser (guitarra) é são-paulino fanático, enquanto Paulo Xisto (baixo) é torcedor fervoroso do Atlético-MG; ambos lideram a famosa banda brasileira de metal

Andreas Kisser (Foto:  Wagner Meier/Getty Images) Rogério Ceni (Foto: Ricardo Moreira/Getty Images)
Andreas Kisser (Foto: Wagner Meier/Getty Images) Rogério Ceni (Foto: Ricardo Moreira/Getty Images)

Já dizia a sabedoria popular: futebol, política e religião não se discutem. No caso do esporte favorito do brasileiro, um debate relacionado ao tema quase pôs fim à maior banda de heavy metal do Brasil, o Sepultura.

Por incrível que pareça, a conversa sobre futebol seria capaz de uma façanha que nem mesmo as mais diversas adversidades conseguiram. Formado em 1984 pelos irmãos Max (voz e guitarra) e Iggor Cavalera (bateria), o grupo já não conta com seus fundadores: Max saiu em 1997 após desentender-se com os demais colegas em função da permanência de sua esposa, Gloria, como empresária; Iggor abandonou o posto em 2006 após desejar dar uma pausa na carreira e não ter seu desejo compartilhado pelos colegas.

+++LEIA MAIS: Kiss e Deep Purple tocam em Brasília, diz jornalista

Da configuração clássica do Sepultura, restaram o guitarrista Andreas Kisser e o baixista Paulo Xisto. O primeiro é fanático pelo São Paulo; o segundo, fervoroso torcedor do Atlético-MG. Ainda que unidos por interesses em comum, especialmente relacionados à música, eles estão separados no esporte - e isso já rendeu uma briga complicada entre eles.

Em entrevista ao Uol Esporte, no ano de 2021, Kisser destacou inicialmente que “discussão tensa com futebol é normal”, especialmente “quando se tem vários amigos rivais, corintianos e palmeirenses”. Na sequência, contou que seu desentendimento com o baixista ocorreu por conta de Rogério Ceni, goleiro ídolo do São Paulo que hoje trabalha como treinador da equipe.

+++LEIA MAIS: Monsters of Rock tem KISS, Scorpions, Deep Purple, Helloween e mais no line-up; veja

Andreas não deixou de reconhecer o talento de Ceni - e destacou que por conta disso é tão “odiado pelo resto” dos torcedores de outros clubes.

“É uma figura fantástica, um goleiro excepcional, revolucionário, que reinventou... obviamente, já tinham goleiros que batiam falta antes, mas acho que o Rogério Ceni chegou em outro patamar.”

+++ LEIA MAIS: Sepultura elogia Anitta e considera parceria: 'Tudo é música'

“Besteira, né?”

Embora tenha definido a discussão como “besteira”, Andreas Kisser reconheceu que a briga quase fez com que o Sepultura encerrasse as atividades. Infelizmente, a fofoca veio pela metade: ele não revelou o exato contexto da conversa.

“Foi uma briga, discussão de Atlético e São Paulo, Rogério Ceni, besteira, né? Quase acabou com a banda (risos). Foi um negócio meio sério.”

Ainda bem que todos se acertaram e seguiram fazendo som. O grupo completo por Derrick Green (voz) e Eloy Casagrande (bateria) lançou em 2020 seu décimo quinto álbum de estúdio, Quadra. Com o hiato causado pela pandemia, eles só puderam voltar à estrada para promover o trabalho ao vivo em 2022, quando realizaram mais de 100 shows nos mais diversos países: Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, México, Espanha, Chile, Canadá, Eslováquia, Sérvia e muitos outros, além do Brasil.

“No dia seguinte (à discussão) estava tudo certo. São discussões naturais, principalmente com o Paulo. Foi a discussão que quase acabou com o Sepultura ou quase tirou um da banda, mas estamos aí juntos, até hoje, discutindo sobre futebol da melhor maneira possível.”