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Festival de Inverno de Brasília termina em clima de romantismo e rock 'n' roll

NX Zero e Pitty fizeram shows energéticos, enquanto Mallu Magalhães protagonizou ode ao amor em dueto com Marcelo Camelo

Por Cristiano Bastos Publicado em 29/06/2010, às 11h00

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Marcelo Camelo e Mallu Magalhães conferiram clima de romantismo ao último dia do Festival de Inverno de Brasília - Marcela Barreto
Marcelo Camelo e Mallu Magalhães conferiram clima de romantismo ao último dia do Festival de Inverno de Brasília - Marcela Barreto

Atualizada em 29 de junho, às 10h55

Em seus três dias de diversificada programação, feita para agradar todos os paladares musicais, o Festival de Inverno de Brasília reuniu na capital federal, de 25 a 27 de junho, uma média diária de sete mil pessoas. O público compareceu ao estacionamento do Ginásio Nilson Nelson para curtir shows de artistas do primeiro escalão do entretenimento nacional, entre eles Skank, NX Zero, Pato Fu, Capital Inicial, Monobloco, Jorge Ben Jor, Olodum e Mallu Magalhães (com participação especial de Marcelo Camelo), entre outros.

A banda NX Zero deu os primeiros acordes da gélida noite de domingo, 27, desta que foi a quarta edição do Festival, à qual se somaram os festejos de 50 anos de Brasília, completados no último mês de abril. O NX Zero mostrou canções da turnê do álbum Sete Chaves e divertiu o jovem público que estava ali para vê-los em ação. A missão foi bem cumprida.

No show seguinte, de Mallu Magalhães, a pancadaria hardcore - aproveitando o mês de junho, quando se comemora o dia dos namorados - deu espaço para o clima de romantismo. Mallu encarou um número de Edith Piaf e mostrou que seu francês é bem pronunciado. Durante entrevista coletiva de imprensa, ela aproveitou para dizer que, no entanto, quer compor mais em sua língua materna, o português (ela começou escrevendo canções em inglês): "Todo mundo gosta, e as pessoas entendem mais. Português é a língua mais bonita de todas. O Marcelo [Camelo, namorado da cantora] está me mostrando isso".

Mallu possui classe, mas mostrou que não cultiva muitos "pudores de mulherzinha". No show, a cantora sacou um lenço do bolso e assoou o nariz sem o menor pudor. Ainda riu e disse: "Tenho rinite". Mas é indiscutível que Mallu é, também, toda meiga, a sutileza em pessoa. Camelo puxou "Janta", balada que compôs para ela quando a viu pela primeira vez. No carro-chefe do primeiro álbum solo do hermano, Sou, sua amada responde cantando em dueto.

A cantora Pitty, aparentemente a atração mais aguardada da noite, apresentou canções de seu último disco, Chiaroscuro. "Ah, tô amarradona. Faz tempo que a gente não toca em Brasília", disse a roqueira minutos antes de encarar o público. "Chiaroscuro", palavra italiana que significa "claro e escuro", ou seja, contraste, foi o conceito que marcou o show da estrela baiana. Assim como no disco, houve alternâncias entre canções sutis e densas. Outras, ainda, "aboleradas". "Todos Estão Mudos" e "Água Contida" animaram os fãs. Em alguns momentos houve até algumas referências ao tango e ao soul. "A ideia era mesmo caminhar por outros terrenos", afirmou Pitty. A banda que lhe acompanha, formada por Duda (bateria), Joe (baixo) e Martin (guitarra), cumpre seu papel com eficiência. O show fechou, claro, com o hit "Me Adora", do refrão: "Que você me adora/ que me acha foda", repetido à exaustão pelo público teenager.