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Para baterista do Pink Floyd, Apple “saiu impune” das críticas ao lançamento de Songs of Innocence, do U2

“Apple fez coisas bacanas, mas isso também contribuiu com o processo de desvalorização”, disse Nick Mason

Rolling Stone EUA Publicado em 16/01/2015, às 09h19 - Atualizado às 13h34

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Nick Mason, baterista do Pink Floyd - Drew Gurian/AP
Nick Mason, baterista do Pink Floyd - Drew Gurian/AP

O baterista do Pink Floyd, Nick Mason, acha que a Apple “saiu impune” das críticas envolvendo o lançamento gratuito de Songs of Innocence, do U2, pela gigante empresa de tecnologia. Em entrevista à edição britânica da revista GQ, Mason apontou como o U2 sofreu as consequências negativas, desculpando-se aos usuários do iTunes por “força-los” a ouvir o álbum.

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Ainda que Mason tenha dito que ele também teria aceitado uma oferta da Apple para divulgar um dos discos dele em troca de 50 milhões de libras, a precipitação do lançamento fez “todo mundo repensar sobre como eles querem que a música chegue ao público, de forma gratuita ou remunerada”.

“Veja, o U2 é uma grande banda e Bono é uma pessoa extraordinária, então isso não é algo anti-U2”, continuou. “Mas isso joga os holofotes em um aspecto vital em toda a ideia de música no século 21. O que também é interessante é que a Apple parece ter saído impune. Ninguém a está culpando. A Apple fez coisas bacanas, mas isso também contribuiu com o processo de desvalorização.”

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O futuro, para ele, é mais provável que esteja nos serviços de streaming, como o Spotify, o qual ele disse estar fazendo o iTunes “parecer meio antiquado”. O Pink Floyd disponibilizou o catálogo para streaming no serviço em 2013.

“O que precisamos é de outros 2 ou 3 bilhões de pessoas usando [o Spotify, que anunciou ter 15 milhões de usuários pagos], então faria mais sentido para os músicos”, disse ainda o baterista.

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Mason, então, concluiu: “No momento, o reembolso por parte dos músicos, particularmente para desconhecidos ou pouco famosos, é... patético. O Pink Floyd certamente não está dizendo: ‘Não faremos isso desse jeito’. Nos iremos fazer streaming, mas o faremos com maior qualidade de áudio e com muito mais vídeo e outras interfaces gráficas que farão parte de uma experiência completa de entretenimento.”