- McFly (Divulgação)

McFly abraça a nostalgia e o "lado ridículo" dos anos 80 em novo disco

Em entrevista à Rolling Stone Brasil, grupo contou como o rock dos anos 80 influenciou 'Power to Play', novo álbum lançado nessa sexta (9)

Entrevista por Marina Pastorelli Publicado em 09/06/2023, às 16h03

Inspiração oitentista, guitarras, bateria e muita diversão: é assim que o McFly define o clima de Power to Play, sétimo álbum do grupo, lançado nessa sexta-feira (9). O disco é o sucessor de Young Dumb Thrills, lançado em 2020, durante a pandemia, mas chega com mais otimismo, apontando para a nostalgis e para o passado do grupo:

"Quando estávamos tendo ideias do que fazer com esse álbum, nosso produtor Jason Perry nos fez escrever tudo o que amamos no McFly em um quadro e falamos de diversão, guitarras solos de bateria, todas coisas muito divertidas. E então ele disse: 'vocês deveriam fazer rock anos 80, tudo o que escreveram foi rock anos 80'. Foi o momento em que acendeu uma luz. Todos nos inspiramos muito", diz Dougie Poynter.

McFly (Divulgação)

 

Com onze músicas e dois singles apresentados anteriormente - "Where Did All The Guitars Go?" e "God of Rock & Roll" - o novo álbum bebe da inspiração na juventude do grupo e em nomes como Van Halen e Rush para apresentar uma sonoridade que Tom Fletcher define como "valores fundamentais do McFly", que são músicas cheias de energia e diversão:

"Nós sempre amamos ser músicos e tocarmos, mas sempre amamos nos divertir, sabe? O lado ridículo de tocar em uma banda e de abraçar realmente o rock dos anos 80."

Para os dois membros do grupo, o lançamento, feito nessa sexta com a faixa "Honey I'm Home", é também o mais antecipado por eles até o momento - e isso inclui o fato do álbum ser o primeiro composto e gravado no estúdio próprio da banda.

"Esse era o nosso sonho, sabe, o ter seu próprio estúdio, para escrever e criar as músicas", diz Fletcher. "Sinto que, definitivamente nos deu mais liberdade e tempo. Porque você normalmente aluga um espaço por, sei lá, um mês e tem só esse período para gravar, então há a pressão. Com esse estúdio você aproveita o máximo de tempo. Você escreve e grava até mesmo muitas músicas ruins e isso não importa. Há várias músicas ruins que não usamos [risos]."

Falando sobre a expectativa de reação do público, Fletcher diz que não espera nada, mas que está satisfeito com o trabalho. Ele ainda conta que, apesar do espírito otimista das composições deste disco, há momentos mais emocionais, que devem ser celebrados pelo público - especialmente por fãs brasileiros:

"Acho que há momentos em que, especialmente os fãs brasileiros, vão gostar muito, relacionar-se e emocionar-se. Porque os fãs brasileiros parecem se conectar muito, de uma forma mais profunda, com letras emocionantes. E essa é uma parte importante de nossa banda, o fato de sermos sinceros e honestos e escrevermos sobre nossas experiências."

Para Dougie, o que acaba unindo o lado mais emotivo do disco ao restante do clima de festa e nostalgia acaba sendo uma sensação de "vitória" e otimismo, que mesmo as faixas mais sentimentais emitem:

"Também tem algo sobre esse álbum que, mesmo quando ele fica sério, o final é triunfante. Como em "I'm Fine" e "Make it out Alive", que têm assuntos mais sérios, e "Honey, I'm Home", todas elas dizem que vai ficar tudo bem, não se preocupe [risos]."

Confira a entreevista completa do McFly para a Rolling Stone Brasil:

Ouça Power to Play abaixo:

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