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Dez artistas estrangeiros que você precisa conhecer antes de o ano acabar

Redação Publicado em 02/12/2015, às 17h30 - Atualizado às 19h29

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Palm - Divulgação
Palm - Divulgação

1 – 2814

Soa como: uma viagem noturna em uma estrada dos sonhos no futuro cibernético.

Para fãs de : Boards of Canada, Oneohtrix Point Never e Kavinsky.

Por que prestar atenção: “Apesar de achar a ideia toda de tocar com samples legal, eu sempre fui mais apaixonado por seus conceitos temáticos. Seu foco nos sonhos e futurismo surreal e em pintar uma narrativa através da música”, diz o artista londrino HKE, que assina esta trabalho como 2814.

Ele diz: “Eu não tomo nenhum tipo de droga. Minha visão de mundo sempre foi a de um sonhador e muito do que me guia espiritualmente na vida provavelmente seria considerado esotérico e obscuro para a maioria”, afirma o artista. “Sento em um quarto escuro com uma luz vermelha quase todas as noites nesses últimos dias e apenas me inspiro no mundo em volta de mim. Tenho sonhos e pesadelos muito vivos com frequência e sofro de recorrentes paralisias do sono e alucinações desde a adolescência.”

Ouça você mesmo: A faixa de abertura do disco dele é uma sonhadora cascata de piano e sirenes distantes. “É sobre reviver a mesma história em outro tempo e espaço.”


2 – Yak

Soa como: uma mistura de blues psicodélico e punk maníaco.

Para fãs de : The Birthday Party, A Place to Bury Strangers e Kurt Vile.

Por que prestar atenção: a introdução do trio londrino Yak à gravadora Third Man Records, de Jack White, foi um stoner rock de dez minutos baseado no clássico folk "Cumberland Gap". De acordo com o vocalista do grupo, Oliver Burslem – um ex-funcionário de loja que costumava fazer jam sessions no porão do estabelecimento –, um vídeo chegou às mãos de Bem Swank, do Soledad Brothers, amigo de White, e o resto é história.

Eles dizem: “[o EP No] não tomou muito tempo”, diz o baixista Steve Mackey. “Nós mixamos, mandamos para a Third Man e eles realmente gostaram. Foi uma experiência sem traumas. Tentamos não fazer merda com as primeiras gravações ao vivo. Todas as bandas que nós conhecemos não são muito editadas. Quando você começa a editar conversas ou a editar qualquer coisa, meio que se perde o charme da coisa.”

Ouça você mesmo: "No" é um estonteante rock de garagem.


3 – Julien Baker

Soa como: ansiedade autossacrificante voltada para reverberação de guitarras.

Para fãs de : Bon Iver, Low (no começo de carreira) e Throwing Muses.

Por que prestar atenção: a escandalosa cantora e compositora punk Julien Baker completou 20 anos há apenas alguns meses e á está pronta para tocar indie-folk austero ao lado de Wye Oak, Torres e EL VY. Seu álbum de estreia, Sprained Ankle, contém nove belas canções que revelam poeticamente batalhas contra o vício, acidentes de carro e sentimentos de inutilidade que marcaram sua adolescência.

Ela diz: “Tudo estava errado na minha vida e eu queria ser uma criança autodestrutiva”, conta sobre os anos de juventude que a inspiraram. “Eu estava naquela fase niilista de rejeitar tudo e ser ingrata com Deus. Quando eu tinha 16 anos, estava saindo da igreja com meu carro e no meio do caminho vi uma luz se aproximar de mim e transformar meu carro em um cachorro-quente. O carro inteiro foi destruído, menos a parte em volta da minha cabeça. Quando eles arrancaram a porta e eu sai do carro, eu não tinha um arranhão."

Ouça você mesmo: desde os versos de abertura de Julien “Eu gostaria de escrever músicas sobre outra coisa além da morte” – Sprained Ankle é triste e bonita.


4 - BJ the Chicago Kid

Soa como: o sentimento do soul das ruas de New Jack Swing, atualizado por ouvintes de hip-hop contemporâneo.

Para fãs de : Black Hippy, D'Angelo e nas palavras dele mesmo, “Al Green sem camisa e de correntes de ouro”.

Por que prestar atenção: criado no mundo da música gospel, BJ começou na sua terra natal, Chicago, como baterista antes de trabalhar com grandes nomes do soul, como Mary Mary. Disso, ele partiu para compor música e trabalhar com Kanye West, Kendrick Lamar e Mary J. Blige. Ainda que tenha lançado por contra própria Pineapple Now-Laters (2012), o disco In My Mind, pela Motown, marca sua estreia em um grande selo.

Ele diz: “As pessoas me perguntam nas entrevistas se eu acho que o amor é importante ou popular. Claro, o amor é importante, mas não é mais popular. O cupido está muito ocupado na balada, bolando um baseado e fumando, tomando conhaque no bar como todo mundo. Ele não está fazendo seu trabalho como fazia antes. Então, eu vou me chamar de ‘O Novo Cupido'”.

Ouça você mesmo: sob batidas folgadas e linhas de funk, BJ luta em “Church” para evitar as tentações de uma noitada com uma garota, pensando no compromisso na igreja, no domingo de manhã.


5 - Palm

Soa como: um rock quadrado tocado de forma desembestada.

Para fãs de : Oxes, Bellini, Guerilla Toss.

Por que prestar atenção: o quarteto da Filadélfia soa improvisado enquanto toca com precisão. Depois de estrear com Tranding Basics, o Palm se prepara para voltar ao estúdios e gravar o segundo disco.

Eles dizem: “Na maioria das vezes, nossa música começa com uma semente e então todos surgimos juntos e acrescentamos nossos elementos”, diz a guitarrista e vocalista Eve Alpert. “É importante que todos estejamos fazendo alguma coisa, que a canção seja uma parte de todos nós. Gostamos de desconstruir o que uma música pop pode ser e gostamos de ser bastante irregulares no nosso som.”

Ouça você mesmo: "Garden” mostra a habilidade do Palm de criar beleza transformada em caos de formas imperfeitas.


6 - Snakehips

Soa como: a balada perfeita para acalmar o pós-festa, ainda que nada indique que a noite acabou.

Para fãs de : Cashmere Cat, Odesza e Kelela.

Por que prestar atenção: por quase três anos o duo londrino de música eletrônica tem feito canções suaves e hipnóticas. Oliver Lee começou sozinho com o Snakehips e depois de encontrar James Carter em um bar em Hong Kong, o par carregou o nome como um projeto colaborativo.

Eles dizem: “Vem de uma dança que a gente costumava fazer”, Lee explica sobre a origem do nome Snakehips – traduzindo para o português, quadril de cobra. “Eu tinha um calça que era bastante apertada, então, é isso.”

Ouça você mesmo: "All My Friends" é o equilíbrio perfeito entre a parceria de DJ Mustard com Tinashe e Chance.


7 - Sports

Soa como: indie rock com todas as melhores emoções do gênero – ansiedade, desordem, desconforto, desejo descontrolado, medo e raiva – se tornando o motor para doces epifanias de guitarra.

Para fãs de : Swearin', Waxahatchee e Liz Phair.

Por que prestar atenção: no belo segundo álbum deles, All of Something, gravado quando a maioria da banda ainda estava no colégio, a guitarrista e vocalista Carmen Perry dá mostras concretas do pop cheio de cafeína do Sports.

Eles dizem: “Foi verdadeiramente estranho quando eu estava trabalhando o tempo todo nesse verão, chegava tarde em casa e via tudo aquilo na internet. Era muito legal, eu estava muito agradecido”, diz Carmem sobre o sucesso do Sports neste ano.

Ouça você mesmo: a excelente "Reality TV" é uma das melhores ‘pedradas’ de um ano cheio delas.


8 – Dawin

Soa como: um cantor de R&B dos anos 2000 sonhando em tocar em um moderno festival de EDM.



Para fãs de : Ne-Yo e Pitbull.

Por que prestar atenção: no ano passado, a música "Just Girly Things" atraiu atenção no Vine e, nesse ano, ele provou que o sucesso inicial não era efêmero ao repetir a fórmula com o hit “Dessert”. A música se espalhou e conseguiu mais de 12 milhões de visualizações no YouTube.

Ele diz: “Houve um tempo em que eu não tinha nenhuma conexão ou oportunidade, não tinha ninguém, e 'Just Girly Things' era simplesmente eu cantando comigo: 'Ei, levante-se, não deixe ninguém te jogar para baixo'. Eu sabia que se eu pudesse me sentir encorajado por mim mesmo, as outras pessoas também podem”.

Ouça você mesmo: "Dessert", que recentemente ganhou uma versão com o parceiro de sucesso na internet Silentó.


9 – Dilly Dally

Soa como: incríveis pedais de distorção.

Para fãs de : Nirvana, The Pixies e PJ Harvey.

Por que prestar atenção: o álbum de estreia do quarteto de Toronto, Sore, ganhou críticas entusiasmadas e o show deles no festival CMJ deste ano fez a cabeça dos presentes.

Eles dizem: a guitarrista e vocalista Katie Monks garante que suas cordas vocais estão bem, a despeito de comentários ouvidos por ela recentemente. “Eu fico indignada com as pessoas que escrevem sobre o disco: ‘Vamos ver como a voz dela se sai em turnê’, como assim? Eu tenho feito shows há seis anos”.

Ouça você mesmo: "Purple Rage" é a libertação de um final de relacionamento colocada dentro de uma roda de mosh. “A relação na qual eu estava terminou e eu fiquei com esses sentimentos negativos de que eu não era suficientemente boa”, diz Katie.


10 – Maluma

Soa como: uma versão mais leve e ecologicamente correta de “Gasolina”, de Daddy Yankee.

Para fãs de : J. Balvin, Nicky Jam e dias de festa com céu ensolarado.

Por que prestar atenção: o reggaeton nasceu no Panamá e em Porto Rico, mas um novo grupo de artistas está crescendo na Colômbia. Maluma, um jovem de 21 anos de Medelim, faz muito sucesso em seu país de origem. Magia, seu álbum de estreia, se tornou um viral na internet.

Ele diz: “Na Colômbia temos muita paixão. Trabalhamos muito e temos muita disciplina, porque estamos realmente cansados de as pessoas conhecerem a Colômbia apenas por ser um país violento”.

Ouça você mesmo: “Borro Cassette” é cantada por um amante cuja parceira não se lembra da noite anterior.