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Um Olhar Estrangeiro sobre o Brasil

Com uma visão única, o fotógrafo austríaco Kurt Klagsbrunn eternizou personagens e fatos marcantes do país

Redação Publicado em 27/09/2013, às 12h45 - Atualizado em 10/12/2013, às 17h55

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<b>Paixão Nacional</b>
Dupla visão aérea do Estádio do Maracanã (Rio de Janeiro) feita por Kurt Klagsbrunn durante a final da Copa do Mundo, em 1950 - Kurt Klagsbrunn
<b>Paixão Nacional</b> Dupla visão aérea do Estádio do Maracanã (Rio de Janeiro) feita por Kurt Klagsbrunn durante a final da Copa do Mundo, em 1950 - Kurt Klagsbrunn

Kurt Klagsbrunn, um austríaco de ascendência judaica, tinha 20 anos quando chegou ao Rio de Janeiro, no dia 15 de março de 1939. De cara, escreveu na caderneta: “Pão de Açúcar”, “primeiro banho de mar”. A vida do rapaz se transformou ao descobrir uma terra nova, cheia de possibilidades, paisagens e personagens fascinantes. Klagsbrunn não dominava o idioma falado no país que adotou como pátria, mas não perdeu tempo em registrar o que via pela frente. Uma parte do notável acervo dele está reunida no livro Refúgio do Olhar – a Fotografia de Kurt Klagsbrunn no Brasil (Casa da Palavra).

O mais interessante é que é a primeira vez que o acervo de Klagsbrunn é reunido em um livro, que foi organizado pelos pesquisadores Marcia Mello e Mauricio Lissovsky. “Muitos fatores podem ter contribuído para isso”, Lissovsky conta. “Primeiro, observamos que é recente o interesse por acervos históricos do período em que Klagsbrunn atuou. Temos, no Brasil, um número maior de pesquisas e publicações dedicadas à fotografia do século 19. A primeira metade do século 20 tem lacunas e o livro supre um pouco essa carência”.

Segundo os pesquisadores, o momento de reavaliação da obra de Klagsbrunn é o mais apropriado. “Kurt morreu em 2005 e, seguramente, não tinha consciência da importância de sua obra, do alcance de um trabalho tão vasto produzido ao longo de tantos anos, de aspectos tão variados”, explica Marcia. “Ao receberem esse valioso conjunto de imagens, os sobrinhos de Kurt, Victor e Marta, vêm se empenhando em conservar e divulgar a produção do tio.”