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Ana Cañas

Redação Publicado em 06/08/2009, às 11h23 - Atualizado às 11h23

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Album Hein?, Ana Cañas
Album Hein?, Ana Cañas

Ana Cañas

Hein?

Sony/BMG

Em meio a faixas com muito groove, a cantora mostra um lado menos contido

Poucos comentam, mas muitos passaram por uma espécie de síndrome do segundo álbum, que afeta bandas e artistas com alterações de humor, bloqueios de criatividade e outros sintomas que jogam contra a superação do trabalho de estreia. “Hein?”, retruca Ana Cañas no título de seu novo disco. A cantora e compositora paulistana passou batido por tais mazelas. Embora o processo criativo tenha sido mais estudado do que em Amor & Caos (seu primeiro CD, de 2007), Hein? é relaxadamente mais barulhento e despreocupadamente mais provocador. A série de shows que se seguiu desde seu début fonográfico aproximou-a do rock e de algumas figuras que fizeram a história do gênero por aqui. Hein? teve a produção mais que competente de Liminha e a primeira faixa, “Na Multidão”, convoca Arnaldo Antunes. A cantora guardou o improviso elaborado do jazz para alegadamente se jogar no rock. Porém, não espere simplicidade. “Gira”, a faixa mais transponível para o hard rock, é muito mais rica que o estilo. Tampouco “Esconderijo” ou “A Menina e o Cachorro”, com um calmo baixo à frente, se enquadram na antiga e tradicional MPB. Com a ajuda de ótimos arranjos, gravados praticamente ao vivo, Ana Cañas consegue filtrar e novamente fundir gêneros distintos a seu bel prazer.

POR JOSÉ JULIO DO ESPIRITO SANTO