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Caldo Orgânico

Redação Publicado em 07/04/2010, às 05h19 - Atualizado às 12h10

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<b>CABEÇA A MIL</b> Vale tudo na massa sonora de Lúcio Maia - Pio Figueroa / Divulgação
<b>CABEÇA A MIL</b> Vale tudo na massa sonora de Lúcio Maia - Pio Figueroa / Divulgação

Maquinado

Mundialmente Anônimo

Independente

Segundo trabalho solo do guitarrista do Nação Zumbi aprimora elementos diversos

Lúcio Maia volta em missão solo três anos após o lançamento de Homem Binário, seu álbum de estreia. O projeto Maquinado – concebido, segundo seu mentor, desde que começou a pensar em ser músico – melhora o amálgama de timbres digitais e poesia humana na forma de rock, samba, rap e o que vem à telha. O Magnético Sangramento da Existência, subtítulo que remete à psicodelia brasileira dos anos 70, é quase slogan dessa liga. “Zumbi”, uma cover da homenagem de Jorge Ben ao herói renegado, e “Dandara”, uma audiobiografia da primeira-dama do Quilombo dos Palmares, abrem Mundialmente Anônimo com vozes lotadas de efeitos e solos pesados. Desta vez, Maia resolveu trabalhar com uma banda em estúdio. Rian Batista no baixo, Régis Damasceno no violão e Guilherme Mendonça no trompete (todos, membros do Guizado), além do percussionista Gustavo da Lua e o DJ PG, acompanham o guitarrista. Sambas distorcidos, como “Bem Vinda ao Inferno” e “Provando a Sanidade”, ou “Tropeços Tropicais”, um rap articulado em parceria com Lurdez da Luz, ganham com essa formação. Em essência, é tradição musical brasileira num recorte especial, cheio de programações eletrônicas e riffs particulares. Sem chances de passar mundialmente anônimo.

José Julio do Espírito Santo