Lendário músico do White Stripes serviu como uma espécie de mentor para a jovem artista em nova etapa da carreira
Olivia Rodrigo não era estranha à fama quando lançou em 2021 seu primeiro disco, o extremamente bem-sucedido Sour. Ela já havia se destacado como atriz em produções da Disney, a exemplo de Bizaardvark e High School Musical: The Musical: The Series. Porém, o êxito conquistado na música a colocou em novo território.
Naturalmente, portanto, ela buscou alguns “mentores” para a sequência de seu trabalho na área. Até porque seu segundo álbum, Guts, será lançado no próximo dia 8 de setembro.
Diante disso, conforme revelado pela própria em entrevista ao jornal The New York Times (via site Igor Miranda), os artistas que não só serviram de inspiração como também lhe ofereceram conselhos nessa etapa da caminhada foram Jack White e St. Vincent. O primeiro emergiu no fim dos anos 1990 com o The White Stripes e se tornou uma das maiores forças do revival do garage rock. A segunda se notabilizou de fato com a chegada da década de 2010, sendo uma das grandes representantes do chamado art rock no momento atual.
Chegou ao ponto, inclusive, de White ter enviado uma carta para Rodrigo com o objetivo de responder a alguns de seus questionamentos. A própria artista revela um conselho ao mesmo tempo simples e complexo dado pelo mentor em questão:
“Ele me escreveu uma carta depois que nos conhecemos pela primeira vez, e ela dizia: ‘seu único trabalho é criar a música que você gostaria de ouvir no rádio’. Digo, compor as canções que você gostaria de ouvir no rádio é de fato bem difícil.”
Enquanto Jack White surgiu de forma um pouco mais distante — e parece preferir interações mais analógicas, o que não é de se espantar considerando seu enorme apreço por discos de vinil —, St. Vincent está mais presente na vida de Olivia Rodrigo. Chegou ao ponto de ambas irem juntas a um show de Tori Amos, ícone da música alternativa dos anos 1990 e 2000.
A reportagem do The New York Times (via site Igor Miranda) também ouviu Vincent, nome artístico de Annie Clark, a respeito de Rodrigo. E foi só elogios.
“Eu nunca conheci alguém tão jovem e tão facilmente dona de si. Ela sabe quem é e o que quer – e não parece ter medo algum de se fazer ouvir sobre isso. E ela é uma garota adorável também… eu nunca ouvi ela falar algo ruim sobre ninguém.”
Guts, próximo álbum de Olivia Rodrigo, foi apresentado pela cantora com o seguinte comunicado:
“Para mim, este álbum é sobre dores de crescimento e tentar descobrir quem eu sou neste momento da minha vida. Sinto que cresci 10 anos entre os 18 e os 20 anos - foi um período tão intenso de estranheza e mudança. Acho que tudo isso é apenas uma parte natural do crescimento, e espero que o álbum reflita isso.”
Em entrevista ao Apple Music 1 (via NME), ela revelou ter escolhido o título deste seu segundo disco antes mesmo de lançar o primeiro, Sour. A ideia surgiu justamente no processo de composição do álbum passado.
"Estou com o título há um bom tempo. Foi quando estava criando Sour. Eu pensei: ‘quero que o próximo se chame Guts’. Quatro letras, todas em caixa alta, como Sour. Eu amei. Acho que é uma palavra interessante. As pessoas usam em tantos contextos diferentes, como ‘spill your guts’ [revelar detalhes ou segredos]. ‘hate your guts’ [odiar alguém com muita intensidade], acho que é um termo interessante. Significa ‘coragem’, mas também ‘intuição’. São assuntos sobre os quais, coincidentemente, eu estive pensando enquanto escrevia este capítulo.”
