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Quanto tempo uma música tem para convencer o ouvinte hoje em dia, segundo estudo

Pesquisadores da Universidade de Nova York descobriram que o limiar de atenção das pessoas está cada vez mais curto

Foto: Pexels
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O limiar de atenção de uma pessoa atualmente é bem mais curto do que costumava ser. Um claro sinal da vida contemporânea, onde somos bombardeados por informação - e ainda corremos atrás de mais, especialmente nas redes sociais.

Isso trouxe um reflexo até mesmo para as artes e o entretenimento de modo geral. Um estudo realizado por pesquisadores da NYU, Universidade de Nova York (via Study Finds) descobriu que uma pessoa na atualidade precisa de apenas 5 segundos para descobrir se gosta ou não de uma música.

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Ao todo, 650 ouvintes foram apresentados a 250 músicas de diferentes gêneros musicais, com nomes que iam de Mozart e Beethoven a Michael Jackson e Elvis Presley, passando ainda por Kanye West, Sex Pistols, entre outros, além de hits que estiveram nas paradas dos Estados Unidos nos últimos 80 anos. No mesmo procedimento, os convidados foram expostos a 3.260 trechos dessas mesmas faixas.

Os participantes, então, classificavam cada trecho musical da seguinte forma: “amei”, “gostei muito”, “gostei um pouco”, “indiferente”, “não gostei tanto”, “realmente não gostei” e “odiei”. O que chamou atenção é que não precisava de tanto tempo para tal tomada de decisão - mais especificamente, apenas 5 segundos eram necessários. E mesmo quando ouviam a canção completa, a opinião não mudava.

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Aprovação maior com músicas inteiras

Outro resultado curioso obtido pela pesquisa é que os participantes se demonstraram mais abertos a gostar de uma música quando a ouviam na íntegra. Isso mostra que ouvir uma mesma canção em mídias diferentes pode provocar reações distintas. Por exemplo: você está mais suscetível a curtir se escutar no rádio, onde você não pode pular de faixa, do que em uma plataforma de streaming na internet, espaço em que dá para migrar à próxima em apenas um clique.

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Pascal Wallisch, professor associado ao Centro de Ciência de Dados da Universidade de Nova York e um dos autores do estudo, declarou em comunicado:

“Essa descoberta pode ter implicações abrangentes para nossa compreensão de quais propriedades das músicas evocam certas emoções nos ouvintes. O fato de um pequeno trecho ser suficiente para nos dizer se gostamos ou odiamos sugere que reagimos mais à vibração geral que uma música nos traz do que às suas notas musicais em si.”