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8 músicas LGBTQ+ da época da Ditadura Militar [LISTA]

Mesmo durante a Ditadura Militar, artistas não deixaram de incluir histórias e declarações do universo LGBTQ+ em suas músicas

Itaici Brunetti Publicado em 19/06/2021, às 11h00

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Chico Buarque, Caetano Veloso e Ney Matogrosso (montagem/ Divulgação)
Chico Buarque, Caetano Veloso e Ney Matogrosso (montagem/ Divulgação)

Na história da música brasileira, amores, vivências e declarações do universo LGBTQ+ sempre existiram nas letras; umas mais explícitas, outras mais tímidas e camufladas, mas a mensagem sempre esteve presente mesmo na época da ditadura militar, em que arte sobre orientação sexual era censurada. 

Artistas que vivenciaram a época do regime militar (1964 a 1985) não se intimidavam e inseriam a diversidade em suas obras. Caetano Veloso, Wando, Marina Lima, Milton Nascimento, Djavan e Erasmo Carlosforam alguns deles. Chico Buarque chegou a irritar o governo com "Bárbara", canção que canta com lirismo o romance entre duas mulheres. 

No Mês do Orgulho LGBTQ+, relembramos algumas canções da época da ditadura militar que cantam o amor livre, diverso, sem barreiras e sem preconceitos. Ou seja, todas as formas de amar.

Confira: 

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"O Vira", Secos e Molhados (1973)

Com canções repletas de metáforas e insinuações sexuais, o Secos e Molhados, com o vocalista Ney Matogrosso adotando uma postura sexualmente ambígua, se tornou um dos maiores ícones LGBTQ+ da música brasileira. O hit "O Vira" tratou a homossexualidade de forma leve e brincalhona inspirada em ritmo de música portuguesa, mas com uma mensagem subliminar séria em prol da diversidade. 


"Bárbara", Chico Buarque (1972)

"Bárbara", de Chico Buarque, fala do amor entre duas mulheres sem julgamentos ou preconceitos. Anos depois, a canção foi regravada por Gal Costa, Maria Bethania, Ângela Ro Ro e Simone


"Paula e Bebeto", Milton Nascimento (1975)

Em "Paula e Bebeto", Milton Nascimento não especifica se é uma canção de amor homossexual, mas abrange todas as expressões de sexualidade com os versos "Qualquer maneira de amor vale à pena / Qualquer maneira de amor vale amar". 


"Emoções", Wando (1978)

"Emoções", de Wando, pode ser considerada a primeira canção da música brasileira a retratar de forma poética a cena de sexo entre dois garotos. 


"Cheirando a Amor", Ângela Ro Ro (1979)

Primeira cantora da MPB a declarar-se LGBTQ+, Ângela Ro Ro lançou em 1979 a canção sensual de tom confessional gay "Cheirando a Amor". Logo no início, se ouve a frase "Delirantes formas de amar."


"Menino do Rio", Caetano Veloso (1979)

Em "Menino do Rio", Caetano Veloso usou da forma lírica e delicada para falar sobre a homossexualidade ao cantarolar versos que elogiam os dotes físicos de um surfista; a admiração por um muso. A letra é cantada no eu lírico feminino, deixando no ar a condição sexual ambígua.


"Nobreza", Djavan (1982)

No início da década de 1980, Djavan compôs "Nobreza", canção que tem o verso "Dois homens apaixonados". A frase foi citada anos depois na música "Como Já Dizia Djavan", de Cazuza.


"Close", Erasmo Carlos (1984)

Neste rock pós-jovem guarda, Erasmo Carlos fala sobre travestis e, devido ao título da canção, foi associado à mais famosa travesti da época: Roberta Close.

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