Rolling Stone
Busca
Facebook Rolling StoneTwitter Rolling StoneInstagram Rolling StoneSpotify Rolling StoneYoutube Rolling StoneTiktok Rolling Stone

Bárbara Eugenia e Zeca Baleiro cantam os amores bagunçados - os bons e os ruins; ouça

"Bagunça" é o primeiro single de 'TUDA', o novíssimo álbum da cantora e compositora

Pedro Antunes Publicado em 21/01/2019, às 17h17

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
A cantora e compositora Bárbara Eugenia (Foto: Marcos Villas Boas)
A cantora e compositora Bárbara Eugenia (Foto: Marcos Villas Boas)

Ah, os amores bagunçados, daqueles que começam de supetão, daqueles arrasa quarteirões, daqueles que, como os monstros em filmes do Godzilla, deixam um rastro de destruição para trás.

Bagunça. Bagunça. Bagunça... Desafio, aqui, encontrar algum leitor que tenha passado a vida amorosa sem qualquer baguncinha dessas, das boas e das ruins.

Bárbara Eugenia, ao lado de Zeca Baleiro, canta os dois lados da bagunça amorosa.

"Não sei se amor, mas daqui sai faísca", canta ela, no primeiro verso de "Bagunça", o primeiro single de TUDA, o novíssimo álbum da cantora e compositora, com lançamento previsto para fevereiro deste ano, cujo título terá essa grafia, mesmo, com letras maiúsculas.

"Bagunça", a canção, nasceu com versos de Bárbara. Ela, em seguida, enviou o esboço da canção a Baleiro, que prontamente respondeu com mais linhas para a canção. Sem bagunça, "Bagunça" se colocou como a primeira música a ser conhecida de TUDA.

Trata-se do sexto álbum da cantora (são cinco sozinha e um, chamado Vida Ventureira, criado com Tatá Aeroplano). É, como o single indica, um disco mais fora da caixinha dela também.

Desprendida da estética que possam ter atribuído a ela, Bárbara produz o próprio trabalho, ao lado de Clayton Martin e Dustan Gallas, e o resultado tem um quê retrô, sintético e dançante.

"Bagunça" é uma delicinha inesperada.

Quando a guitarra de Dustan Gallas evoca a disco music, os ouvidos se atentam. Programações, baixo suingado e uma bateria eletrônica se juntam à guitarra e formam a cama que sustenta a voz de Bárbara - sempre doce, sempre melancólica - e de Zeca, que chega na última estrofe e propõe um contraponto grave interessante.

"Se atrapalha todo pra dizer palavra / 
Tá sempre me deixando nessa confusão / 
Eu canso de falar mas sigo repetindo / 
Bagunça, bagunça o meu coração", cantam os dois, juntos.

Mais do que criar momentos de questionamento e auto-análise ("eu já baguncei alguém?", "também sou esse tipo de pessoa que bagunça os outros?" ou "quem sou eu nessa música, meu Deus?"), "Bagunça" é uma canção de amor que deixa um gosto amargo na boca.

O sentimento bom está ali, mas, por razões mil, também não está. Bagunçado, eu sei.

Ouça "Bagunça", a nova música da Bárbara Eugênia: