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Leandro Karnal rebate discussões sobre sua sexualidade: 'Não se posicionar significa concordar com a repressão'

Em entrevista à Veja, Leandro Karnal falou sobre as reações que surgiram na web depois que ele revelou estar casado com Vitor Fadul

Redação Publicado em 03/03/2023, às 16h00

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Leandro Karnal (Foto: Divulgação/ Instagram/ @leandro_karnal)
Leandro Karnal (Foto: Divulgação/ Instagram/ @leandro_karnal)

Semanas após revelar seu casamento com o cantor Vitor Fadul nas redes sociais, Leandro Karnal falou sobre sua sexualidade nas páginas amarelas da Veja. Na entrevista publicada nesta sexta-feira, 03, o professor e doutor em história deixou claro que não liga para rótulos.

As mais recente onda de notícias envolvendo a vida pessoal de Leandro Karnal começou no dia 07 de janeiro, quando o professor publicou uma foto do marido. “O amor é um dom e uma conquista. Entramos no quarto ano de vida em comum”, revelou o historiador, no post.

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A revelação foi recebida com bastante carinho pelos fãs do professor, mas também gerou uma onda de comentários. Isso porque, além da sexualidade de Karnal, que tem 60 anos, a diferença de idade entre ele e o marido, de 27 anos, e até mesmo o autismo de Vitor tornaram-se assunto de discussões.

Em entrevista à Veja, então, Karnal revelou como lidou com a onda de comentários sobre sua vida pessoal. Principalmente considerando que, segundo o próprio professor, ele tem “certa resistência a pessoas que vivem toda a sua vida privada em público”.

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Não gosto muito [de compartilhar a vida pessoal], mas atualmente parece que não se posicionar perante o grande público significa concordar com o silenciamento e a repressão. Às vezes, ver uma figura pública e bem estabelecida profissionalmente assumindo o que sente pode encorajá-las.”

Apesar de concordar que discutir sua vida pessoal em público possa de fato ajudar quem passa pela mesma coisa — com relação à sexualidade, por exemplo — Karnal também acredita que sua situação é “atípica”. “Em uma tacada só expus três questões demonizadas por parte da sociedade: a homoafetividade, o etarismo e o autismo”, explicou o professor.

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“Mas estou em uma posição privilegiada. Além de ser branco, tenho uma carreira sólida e, por consequência, sou de classe média", lembrou. "Várias outras pessoas correm o risco de perder o emprego, ser expulsas de casa, até sofrer uma agressão física caso façam o mesmo que eu.”

Agora, quando o assunto é a necessidade que a sociedade tem de rotular as pessoas, Karnal é bastante categórico ao afirmar que prefere evitar as caixas. “O rótulo é uma necessidade do observador, não minha“, afirmou. “Apontar se sou hétero, homossexual, bissexual é uma necessidade que fala de posicionamento, mas serve mais ao outro para se referir a mim.”

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"Já namorei homens e mulheres, tenho 60 anos e não cresci em um ambiente livre de homofobia. Ouvi piadas, músicas vexatórias, ironias e ataques a terceiros”, continuou o professor. “Com o tempo, entendi que, quando não há argumentos em uma discussão, um agressor tenta atacar a moral dizendo que fulano é gay.”

Eu sou uma pessoa sexuada — e, neste momento, decidi me casar com um outro homem. Eu não tenho um ‘tipo’ certo de interesse amoroso. Me encantei pela personalidade, criatividade e beleza do Vitor.”

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Depois que publicou a primeira foto ao lado de seu marido, o historiador vem compartilhando muitos outros momentos pessoais nas redes sociais. No fim das férias de janeiro, por exemplo, Karnal publicou mais uma dedicatória ao marido.

“Sinto-me amado e amando e, acima de tudo, tendo o privilégio de conviver com uma pessoa extraordinária, com sede de conhecimento e amor sensível à arte. Nos cruzamentos de eros e de ágape, despontou algo nosso que não conceberíamos antes, mas que, agora, é indispensável a ambos. Você não consegue entender? Sem problema — se fosse compreensível seria um teorema matemático e não amor”, escreveu o professor. Confira:

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