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Muita cor e pouco conteúdo em Oz: Mágico e Poderoso

Filme de Sam Raimi com James Franco e Mila Kunis conta a história que antecede O Mágico de Oz

Stella Rodrigues Publicado em 08/03/2013, às 10h07 - Atualizado às 18h54

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Oz: Mágico e Poderoso - Divulgação
Oz: Mágico e Poderoso - Divulgação

Há uma certa listinha de coisas que o público já aprendeu há anos sobre o que esperar de filmes da Disney. Produções com alto nível de investimento técnico, uma inocência por parte dos personagens, certa dose de moralismo e, mesmo quando se trata de uma produção que não é exatamente infantil, uma tendência a agradar mais ao público jovem, que é bem o caso de Oz: Mágico e Poderoso, que estreia nesta sexta, 8.

O universo de Oz, nas histórias escritas por L. Frank Baum, vai muito além do filme que a Disney tornou famoso em 1939 com O Mágico de Oz. A Disney reuniu elementos e detalhes contidos nesses livros para levar às telonas Oz: Mágico e Poderoso, uma prequel dirigida por Sam Raimi (Homem-Aranha) que narra quase que no formato de parábola o surgimento da figura meio maluca e com ares de entidade religiosa que Dorothy procurou por tanto tempo no filme clássico. Na nova trama, Oscar – vivido por James Franco, que apresenta uma atuação exagerada e com um pé no histriônico que não convence muito – é um mágico de circo itinerante que vive a vida sob regras éticas bastante soltas (essa malandrice dele servindo como um alívio cômico de pouco efeito). Em uma passagem pelo Kansas, acaba sendo levado por um furacão que o tira de sua vidinha mais ou menos e o transporta para a vistosa Terra de Oz. Lá ele terá a chance de desenvolver a personalidade grandiosa e poderosa que sempre acreditou ter dentro dele.

A chegada a Oz é marcada pela mudança visual do filme, que sai de um preto e branco delicado para um colorido demasiado que às vezes lembra a maquiagem de um palhaço. Marca também a entrada de três personagens na trama: as bruxas Theodora (Mila Kunis), Evanora (Rachel Weisz) e Glinda (Michelle Williams). Theodora, que o recepciona, acredita que Oscar seja o mágico que o povo de Oz aguarda há muito tempo para cumprir uma profecia. Caberia a ele derrotar a Bruxa Má, libertando assim o povo local. Em troca, ele se tornaria rei e, com isso, herdaria todas as riquezas que cabem ao ocupante do posto. Para um mágico ganancioso e interesseiro, a proposta parece interessante, mas antes de tudo ele precisa descobrir qual delas é realmente a Bruxa Má.

Apesar dos exageros no chroma key e no 3D, o visual ainda é o ponto forte do filme. Em geral, cumpre o papel de transportar o telespectador para dentro da magia. Mas é como se eles já soubessem que o roteiro é “fofucho”, mas vazio demais e que não funciona como apelo à veia saudosista. Então, compensa-se o tempo todo com injeções de exuberância e cores. A iniciativa lembra um pouco a proposta da Disney para Alice no País das Maravilhas, que ganhou ares modernos pelas mãos de Tim Burton recentemente.