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Virada Cultural: organizadores não previam grande demanda de público no Chefs na Rua

"Alta gastronomia em evento de massa é algo incontrolável", diz o secretário Carlos Augusto Calil; entrevista coletiva de imprensa foi realizada na tarde deste domingo, 6

Redação Publicado em 06/05/2012, às 18h08 - Atualizado às 19h20

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Fila quilométrica se formou no Minhocão no evento Chefs na Rua - Gus Lanzetta
Fila quilométrica se formou no Minhocão no evento Chefs na Rua - Gus Lanzetta

Foi realizada na tarde deste domingo, 6, a entrevista coletiva de imprensa da Virada Cultural, que chegou a sua oitava edição em 2012 em São Paulo. Sem divulgar números parciais do evento, os organizadores comentaram a morte de uma adolescente de 17 anos e a confusão ocorrida durante a madrugada no Chefs na Rua, espaço dedicado à gastronomia montado no Minhocão. Estiveram presentes Carlos Augusto Calil, Secretário Municipal de Cultura de São Paulo, Coronel Nevoral Alves Bucheroni (subprefeito da Sé), o diretor de programação José Mauro Gnaspini, e o diretor de Eventos da SPTuris, Everaldo Júnior.

Durante a madrugada, milhares de pessoas se aglomeram ao redor do espaço Chefs na Rua, no Minhocão, onde seriam distribuídas 500 senhas gratuitas que dariam direito a uma porção da galinhada preparada pelo chef Alex Atala, dono dos restaurantes D.O.M. e Dalva e Dito (leia mais aqui). Durante a coletiva, os organizadores assumiram falha em termos da estrutura oferecida, alegando não imaginar que tal evento atrairia tanto público.

"O objetivo, primeiro, era convidar as pessoas a andar pelo Minhocão", disse Gnaspini. "Tínhamos imaginado que, como não montamos um palco com show por lá, e a experiência exigiria um deslocamento maior, não seria extremamente movimentado como foi. Durante a semana, houve divulgação intensa, as pessoas se interessaram e sofremos com as questões de logística na montagem. Foi uma experiência que acabou ganhando ares de grande atração da Virada, quando se tratava de algo complementar na programação." Para o secretário Carlos Augusto Calil, a dificuldade foi "lidar com alta gastronomia em um evento de massa". "No ano que vem, a grande questão para nós será como manter isso", afirmou, sem deixar claro se a atração permanecerá ou não na próxima edição da Virada.

Outra ocorrência que chamou a atenção foi a morte de uma jovem de 17 anos, encontrada inconsciente e sem documentos em um posto de emergência do Vale do Anhangabaú. Ela sofreu uma parada cardíaca e morreu a caminho do hospital Santa Casa de Misericódia - segundo a médica entrevistada pelo jornal Folha de S. Paulo, a garota tinha 60 gramas de cocaína no bolso e provavelmente sofreu uma overdose. "A gente entende que a Virada Cultural está sendo tranquila, apesar de alguns fatos pontuais como essa morte", disse Bucheroni. Everaldo Júnior completou: "Trata-se infelizmente de uma circunstância da vida da cidade [que acontece todos os dias]".

Até as 16h, os organizadores estimam que tenham passado pelo evento cerca de quatro milhões de pessoas - porém a estimativa final, bem como números da polícia e dos serviços de limpeza da cidade, serão divulgados somente após a entrevista coletiva de imprensa com o prefeito Gilberto Kassab, que será realizada nesta segunda, 7. Segundo Gnaspini, o show até momento que atraiu um maior número de público - entre 50 e 60 mil pessoas - foi o dos Mutantes, realizado na São João na madrugada do domingo, 6.