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Quadrinhos para todos os gostos

Uma seleção de 11 HQs e graphic novels para a leitura de verão

Por Paulo Terron Publicado em 20/12/2010, às 16h50

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Ao Coração da Tempestade - Divulgação
Ao Coração da Tempestade - Divulgação

Ao Coração da Tempestade, Will Eisner (Quadrinhos na Cia., 215 páginas)

A Segunda Guerra Mundial marcou profundamente a vida a vida de Eisner que, por sua vez, transformou impressões e lembranças em obras-primas irretocáveis - tanto no texto, quanto nas ilustrações. Neste volume, ele trata de memórias pessoais relativas à época. Mais tarde, ele descreveria o processo de composição da história como "terapia profunda".

20th Century Boys, Naoki Urosawa (Viz Media [importado], 215 páginas, 22 volumes)

No Japão, o mangá rendeu nada menos do que três longas-metragens. Ele foi originalmente sequenciado entre 1999 e 2006 no mercado japonês, mas a publicação em inglês foi iniciada no ano passado (até agora, nove dos 22 volumes saíram nos Estados Unidos). A história se passa em dois tempos: no presente, um grupo lida com o suicídio de um amigo e descobre uma conspiração mundial em torno dele. No passado, as mesmas pessoas passam pelas origens da tal conspiração. Incrivelmente detalhada, a história de Urosawa mistura mistério com ficção científica.

Ordinário, Rafael Sica (Quadrinhos na Cia., 128 páginas)

As tiras urbanas do gaúcho exploram cenas melancólicas (e sem falas) de situações cotidianas, usando o surrealismo como ferramenta crítica (ou explicativa, dependendo de cada caso). Um caso raro de HQ nacional com estilo e sentimento.

Bando de Dois, Danilo Beyruth (Zarabatana Books, 96 páginas)

Uma dupla remanescente de um grupo de cangaceiros tenta recuperar as cabeças de seu bando, decepadas pelos oficiais do governo para exibição pública. A grande façanha de Beyruth é se apropriar de um tema regional para contar uma história universal de redenção e cobiça.

Scott Pilgrim Contra o Mundo, Bryan Lee O'Malley (Quadrinhos na Cia., 408 páginas, três volumes)

A aventura cheia de referências ao mundo dos games acabou de ganhar um segundo volume nacional (reunindo as partes 3 e 4 da história). Scott Pilgrim tem de vencer os sete ex-namorados de Ramona Flowers para poder continuar com ela. O traço ao estilo mangá de O'Malley dá um charme especial aos quadrinhos. Depois corra para ver o filme, que funciona como um ótimo complemento para os livros.

The Unwritten, Mike Carey e Peter Gross (Vertigo [importado], 168 páginas)

Nesta série ainda inacabada, Tom é filho de Wilson Taylor - escritor de uma amada série de livros sobre as aventuras de um bruxinho, Tommy, uma espécie de Harry Potter. Aos poucos, ele descobre que divide com o personagem muito mais do que apenas o nome. Carey e Gross criam universos dentro de universos, em fantasia moderna que se aproveita de dezenas de elementos clássicos - inclusive citando muitas outras obras de ficção, de Frankenstein (Mary Shelley) a Charles Dickens.

War is Boring, David Axe e Matt Bors (NAL [importado], 144 páginas)

Esta é a história real de Axe, um jornalista viciado em guerras. Ele pula entre os mais diferentes tipos de conflitos, levantando a questão filosófica: por que ele não consegue se adaptar à normalidade e à ausência de risco de morte?

Wally Gropius, Tim Hensley (Fantagraphics [importado], 64 páginas)

Em sua estreia, Hensley usa a estética de quadrinhos clássicos norte-americanos - algo entre Riquinho e Archie - para construir uma crítica dura ao mercado contemporâneo da fama. Rico em referências, o traço do autor salta aos olhos com suas cores vibrantes (que, por sua vez, dão uma falsa leveza ao tom satírico do texto).

Notas Sobre Gaza, Joe Sacco (Quadrinhos na Cia., 432 páginas)

Com Palestina, Sacco foi louvado como o principal representante de um novo tipo de jornalismo, publicado em quadrinhos. Em seu trabalho mais recente, ele investiga os últimos 50 anos do conflito entre israelenses e palestinos.

O Astronauta, Lourenço Mutarelli, Flavio Moraes, Fernando Saiki e Olavo Costa (Zarabatana Books, 52 páginas)

Mutarelli é um astronauta que viaja por um espaço particular: o próprio apartamento. Entre memórias e reflexões, a HQ transita entre momentos leves e o clima sufocante peculiar ao escritor. Os quadrinhos foram desenhados a partir de fotografias, tendo o próprio Mutarelli como modelo. Uma obra de arte verdadeiramente multimídia.

Sweet Tooth, Jeff Lemire (Vertigo [importado], 128 páginas)

O apocalipse chegou e crianças mutantes - meio humanas, meio animais - vieram com ele. Gus, uma delas, é um garoto que foi criado no isolamento da floresta, até perder o pai. Sweet Tooth, como é mais tarde apelidado, é encontrado por um viajante que promete levá-lo ao um santuário de criaturas como ele. A série, que continua sendo publicada nos Estados Unidos, mostra a jornada deles até o tal lugar, que pode ou não ser uma lenda.