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Sam Mendes deve dirigir adaptação de Terras Baixas

Elogiado por Barack Obama, livro de Joseph O'Neill terá roteiro de Christopher Hampton, de Desejo e Reparação

Da redação Publicado em 25/08/2009, às 16h44

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Livro de cabeceira do presidente dos EUA, Barack Obama, Terras Baixas, do irlandês Joseph O'Neill, deverá ser dirigido por Sam Mendes, ganhador do Oscar por Beleza Americana. De acordo com o jornal britânico The Telegraph, o cineasta, que recentemente reuniu Kate Winslet e Leonardo DiCaprio nas telonas em Apenas um Sonho, convocou Christopher Hampton para roteirizar a adaptação.

Hampton tem, no currículo, outras adaptações literárias, como Desejo e Reparação (baseada no livro homônimo, de 2001, de Ian McEwan) e Ligações Perigosas (inspirada na obra de 1782, escrita por Pierre Choderlos de Laclos).

Mendes, que se encontra nos estágios finais da negociação, persistiu para que o roteirista embarcasse no projeto. Não fosse a insistência, talvez deixasse a oportunidade passar. Motivo: o desafio de adaptar o livro, descrito, para o jornal The Observer, como "lindamente escrito".

"Empalideço diante da idéia de adaptá-lo. Este é um projeto bem difícil, sei disso. Quando Sam me pediu pela primeira vez, disse que era muito difícil e que eu não era capaz. Mas Sam foi muito persistente, e eloquente também."

A obra rendeu a seu autor comparações com Scott Fitzgerald (O Grande Gatsby) e V. S. Naipaul, vencedor do Nobel de Literatura em 2001.

Os direitos da produção foram comprados pela Harpo Films, produtora pertencente à apresentadora e magnata norte-americana Oprah Winfrey.

Uma das grandes dificuldades em tocar versão cinematográfica de Terras Baixas é tornar o críquete acessível aos espectadores norte-americanos. O esporte - popular no Reino Unido e em áreas sob influência britânica no passado, como Índia, Paquistão e Jamaica - é elemento forte no livro, que o usa como metáfora para falar sobre diversidade étnico-cultural.

Focado na Nova York pós-11 de Setembro, o livro se foca em dois imigrantes - Hans van den Broek, europeu e branco, e Chuck Ramkissoon, expatriado de Trinidad e Tobago que sonha em construir um estádio de críquete no Brooklyn, bairro nova-iorquino.

Lançado em 2008, o livro de O'Neill disparou em vendagens após ser elogiado por Obama, em edição de uma revista encartada no The New York Times.