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Um Sonho Possível: Michael Oher não recebeu por filme que retrata sua própria história

Michael Oher alega que foi enganado pela família Tuohy

Redação Publicado em 14/08/2023, às 16h24

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Família Tuohy, com Michael Oher no centro (Reprodução)
Família Tuohy, com Michael Oher no centro (Reprodução)

Um Sonho Possível (2009)conta a história real vivida por Michael Oher, jogador que chegou à NFL após ganhar a atenção de uma família branca e rica. Nem tudo retratado no filme, porém, parece ter realmente acontecido. Oher registrou uma petição de 14 páginas no Condado de Shelby, Tennessee, alegando que Sean e Leigh Anne Tuohy nunca o adotaram, mas sim o manipularam para serem seus tutores e assim pudessem fazer acordos em seu nome.

ÀESPN (via Variety), Michael contou ainda que os lucros do longa-metragem sobre sua própria história foram para o casal e os filhos biológicos deles. Dos mais de US$ 300 milhões de bilheteria, nenhum centavo chegou aos bolsos de Oher. A adoção seria apenas uma fachada para promover a fundação e o trabalho de Leigh Anne como autora de uma narrativa motivacional.

O ex-jogador, agora com 37 anos, pede à Justiça que a tutela dos Tuohy seja encerrada; que emita uma liminar os proibindo de usar seu nome e imagem; o cálculo completo de todo o dinheiro lucrado pela família usando seu nome; e que os Tuohy paguem a ele uma parte "justa" dos lucros e “danos compensatórios e punitivos não especificados”, de acordo com a ESPN.

Em 2007, Oher teria assinado um documento cedendo seus direitos vitalícios para a 20th Century Fox "sem qualquer pagamento", mas Michael diz não se lembrar disso. Há anos, ele levanta discordâncias sobre como o filme o retratou. Oher afirmou que "alguns tomadores de decisões da NFL assumiram que ele era mentalmente devagar, ou sem habilidades de liderança" pela forma como o filme o pintou: alguém sem inteligência.

Michael Oher cresceu com 11 irmãos e sua mãe lidou com o vício em drogas. Com 10 anos, ele foi levado para o sistema de adoção e passou a maior parte da adolescência mudando de casa em casa, até ser apresentado ao diretor de um colégio particular, onde voltou a praticar futebol americano.