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Como Yves Passarel, um guitarrista de metal, foi parar no Capital Inicial

Músico fez parte do Viper, banda responsável por revelar ao mundo o vocalista Andre Matos, antes de se juntar a Dinho Ouro Preto e companhia

Yves Passarel (Mauricio Santana/Getty Images)
Yves Passarel (Mauricio Santana/Getty Images)

Muitos fãs de heavy metal se surpreenderam quando, em 2001, o guitarrista Yves Passarell foi anunciado como novo integrante do Capital Inicial, substituindo Loro Jones. Conhecido pelo trabalho com o Viper — grupo responsável por revelar ao mundo o vocalista Andre Matos —, o músico não parecia ter o perfil pop rock que a banda liderada pelo cantorDinho Ouro Pretoapresentava naquele período.

O tempo provou que a escolha foi acertada. Passarell faz parte do Capital há mais de duas décadas e se encaixou não só à proposta sonora desejada, como também ao ritmo intenso de compromissos — Jones, integrante de longa data, havia saído em virtude do volume excessivo de trabalho após a nova onda de popularidade com o álbum Acústico MTV, lançado em 2000.

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No fim das contas, como Yves foi parar no Capital? Em dois vídeos publicados no YouTube, o músico explicou a origem de seu vínculo. Um deles está no próprio canal da banda e foi disponibilizado em 2020. O outro é um fragmento de uma entrevista ao Wikimetal, realizada no ano seguinte.

Inicialmente, o guitarrista lembrou que conhecia os integrantes do Capital Inicial há muito tempo, visto que o grupo formado em Brasília se mudou para São Paulo em vez de seguir para o Rio de Janeiro, como outros de seus colegas de movimento. Nos anos 90, uma mudança na formação já havia impactado o projeto: Dinho saiu e deu lugar a Murilo Lima, que permaneceu entre 1992 e 1997.

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No canal oficial do Capital, Yves destacou que a formação original da banda retornou no fim daquela década. Porém, ainda durante a turnê que promoveu o Acústico MTV,Loro Jones saiu. Foi quando surgiu o convite para o guitarrista. Ao Wikimetal, ele conta:

“O Loro já estava montando estúdio em Brasília, estava a fim de ficar mais relax, porque é uma correria. Lembro do meu primeiro ano, 2002, da época do álbum Rosas e Vinho Tinto, fora o final da turnê do Acústico MTV, foram uns 160 shows em um ano. Para rock, era: ‘uau’. Eu não conseguia parar em casa. Era ótimo. Depois, foram reduzindo, mas a média era de 100 shows no ano.”

Conexão familiar

Os integrantes do Capital Inicial chegaram ao nome de Yves Passarell também por conta de seu irmão, Pit, que era baixista do Viper e havia composto algumas músicas para a banda de pop rock. Uma delas foi “O Mundo”, primeiro single do álbum Atrás dos Olhos (1998). Durante a entrevista ao Wikimetal, o guitarrista comentou:

“Eu ainda não estava na banda. [...] Esse single foi bem-sucedido, é uma música muito especial para o Capital. Foi o renascimento. [...] O Pit também fez ‘Depois da Meia-Noite’, ‘Algum Dia’, entre outras parcerias com Dinho.”

Já no canal de YouTube do Capital,Yves refletiu sobre como acabou entrando na banda justamente em um bom momento, visto que seu primeiro álbum com ela, Rosase Vinho Tinto, se tornou um grande sucesso. Foi dele que surgiram músicas como “À Sua Maneira” (cover do Soda Stereo), “Quatro Vezes Você” e “Olhos Vermelhos”.

“Tive essa sorte. Ensaiamos, fizemos quatro sessões de pré-produção para esse disco. [...] Só vinha pérola atrás de pérola. Músicas legais, composições do Dinho, do Alvin L, do Pit, do Kiko Zambianchi... tive a sorte de esse ser meu primeiro disco com o Capital. Já havia gravado vários com o Viper, rodado o mundo, tinha experiência, então deu tudo certo nesse começo. Você é levado pelos acontecimentos na vida.”