- Redley Records (Foto: DIvulgação/Redley)

Redley Records une moda e música para lançar artistas independentes [ENTREVISTA]

Redley Records, selo musical da marca de surfwear, criou projeto para lançar novos artistas independentes no mercado da música

Mariana Rodrigues (sob supervisão de Yolanda Reis) Publicado em 19/06/2021, às 12h00

Os anos 1990 e 2000 voltaram com tudo em todos os sentidos. Basta alguns minutos nas redes sociais para encontrar peças como calças cintura baixa, minissaias e camisetas largas. Além disso, novos artistas buscam inspirações em músicas do começo da década. A Redley, marca de surfwear, entende disso mais do que ninguém, pois soube muito bem como trazer a nostalgia daqueles anos em uma mistura de moda e música.

Apesar de ser associado ao esporte, o surfwear não se limita apenas a "roupas de surfistas," mas engloba peças utilizadas por todos, mesmo quem não é atleta. No entanto, nos últimos anos, as camisetas largas, bermudas mais compridas e o tênis acabaram se tornando peças do street wear, mais comum nas grandes metrópoles. 

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Há 35 anos no mercado, a Redley viu uma oportunidade de popularizar ainda mais a marca e conversar novamente com o público jovem. De acordo com Bernardo Cabral, coordenador de comunicação e branding, a forma mais democrática de fazer essa união foi através da música.

A Redley Records

A marca se consagrou como uma das primeiras marcas a ter playlists tocadas nas lojas e, graças a uma parceria com a Sony nos anos 1990, essas canções se tornaram mixtapes com o selo da Redley Records. 

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“A gente já sabia o que o nosso público ouvia, então propus à Sony Music criar a Redley Records, que inicialmente teve fitas de reggae, rock e surf music australiana, com bandas como GANGgajang, Hoodoo Gurus, Spy v Spy e Yothu Yindi,” como explica Clemente Borges, coordenador de marketing da Redley durante os anos 1980 e 1990, em comunicado à imprensa.

O projeto fez tanto sucesso que ganhou uma loja exclusiva em Brasília, onde o foco era a venda de fitas cassete e vinil, eventos musicais, encontros de fãs e também a comercialização de produtos de vestuário. 

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Em 2018, voltou com uma cara diferente. De acordo com Cabral, o objetivo era "trazer a potência e relevância como a gente teve ali nos anos 1980 e 1990, apresentar essa marca para uma nova geração e, ao mesmo tempo, atualizar para quem tem memoria afetiva."

Então surgiu a nova versão da Redley Records, um selo musical focado em artistas independentes “que tem uma proposta musical contemporânea, urbana e inovadora.” Desde então, fizeram parcerias com Refavela40, de Bem e Gilberto Gil. Além de patrocinarem festivais, como Queremos! e Rock the Mountain.

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O processo criativo

Segundo Cabral, os artistas da Redley Records têm muita liberdade para comandar os projetos. “Tem que ter personalidade, uma proposição diferente e precisa ser alto astral, ter a essência da marca nessa leveza. Dentro disso a gente tem uma liberdade para trabalhar em diferentes vertentes musicais.” 

Para divulgar os músicos é produzido um single com vídeo clipe e um mini-doc mostrando todo o processo criativo. Uma das produções mais recentes da marca foi o single “Visceral,” uma parceria entre Fran, Bibi Caetano e Carlos do Complexo. A música foi produzida em parceria com a Blacktape com curadoria da MangoLab e vídeo dirigido por Pedro Alvarenga.

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A moda também não fica de fora. Todos os lançamentos da Redley Records acompanham uma camiseta exclusiva e limitada. “Toda arte é desenvolvida em parceria com os artistas, então é uma forma de materializar aquele evento, aquele lançamento e aquela celebração da música independente brasileira,” explica Cabral.

Para o coordenador de comunicação e branding, a música faz parte de tudo que diz respeito a Redley - e ela é responsável por ditar a moda: “A gente sempre vê uma conexão direta entre os movimentos musicais emergentes e é como a cada geração se veste.” 

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Por isso, a marca sempre busca desenvolver produtos conectados com a música. Isso engloba desde os tênis, principal item da Redley, até peças para serem usadas em festivais de músicas, como camisetas, bonés e casacos com estampas de artistas. 

O último projeto dessa união de moda e música foi o single "Emoji," de Julio Secchin, feito para a campanha de Dia dos Namorados. Confira a canção:


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