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Marcelo Tofani abre trabalhos de disco solo com “Certificar”

Inspiração em Bee Gees foi o ponto de partida para o single, primeiro do novo álbum que sai em novembro

Eduardo do Valle (@duduvalle) Publicado em 10/08/2022, às 18h36

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Marcelo Tofani (Humberto Catta Preta)
Marcelo Tofani (Humberto Catta Preta)

É com um olhar para o passado e dois pés no futuro que Marcelo Tofani inaugura os trabalhos de seu primeiro disco solo com o single “Certificar”. Lançada nesta terça (9), a faixa marca o início da trajetória de Tofani pós-Rosa Neon - e também solidifica a relação com o selo AQuadrilha, de Djonga, com quem assinou no fim de 2021.

A capa de "Certificar", de Marcelo Tofani (Humberto Catta Preta)
A capa de "Certificar", de Marcelo Tofani (Humberto Catta Preta)

O vocal “fininho”, como adianta Tofani no início do vídeo, entrega a referência maior do músico mineiro para a nova faixa, surgida após o contato com um documentário dos Bee Gees:

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“‘Certificar’ surgiu depois que assisti um documentário do Bee Gees e pirei muito neles, no som deles, na trajetória deles e não só deles, mas dos artistas pop do fim dos anos 1970, início de 1980, quando estavam no auge.”

Composta e produzida em parceria com Gabriel Moulin, “Certificar” acabou sendo a última a entrar no novo disco. Escolhida para abrir os trabalhos do novo trabalho, ela traria em si a “mistureba”, que é sinônimo de Marcelo, segundo ele próprio.

"Antes de tudo eu sou um artista pop. O pop não é um ritmo, o pop é um gênero que absorve ritmos totalmente diversos. Esse é o meu maior prazer na música."
"Certificar", de Marcelo Tofani (Humberto Catta Preta)
"Certificar", de Marcelo Tofani (Humberto Catta Preta)

No clipe, lançado nesta quarta (10) e dirigido por Caio Vieira, Marcelo opta por um caminho diferente de outros vídeos seus: em vez de um enredo linear, como em “Não Beijei Ninguém”, aqui ele aparece em um mesmo estúdio. A escolha “subjetiva” seria, segundo ele, “por fazer um vídeo que passasse sensações pela estética, mas que deixasse interpretações mais abertas”. Confira:

Do novo disco, Tofani entrega pouco - além da previsão do disco, para novembro, o cantor limita-se a dizer que o trabalho traz mais de uma participação (“não vou dizer quantas”). Dos feats, entrega apenas o com MC Anjim, “o cara do funk de BH e dono de uma das músicas mais fodas e estouradas de 2021, a  ‘Bala Love’”.

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Leia abaixo a entrevista completa com Marcelo Tofani:

Rolling Stone Brasil: “Certificar” abre os trabalhos de seu primeiro disco. Quais conceitos você buscou trazer no álbum e de que forma eles refletem na nova faixa?

Marcelo Tofani: Antes de fazer esse disco, eu estava muito perdido e fritando numa parada que é a seguinte: existe uma máxima na música e na publicidade que a de que se você não tiver um público-alvo muito estabelecido e se fizer uma coisa muito ampla, muito diversa, as pessoas não se identificam e você acaba não acertando ninguém, sabe?

"Certificar", de Marcelo Tofani (Humberto Catta Preta)
"Certificar", de Marcelo Tofani (Humberto Catta Preta)

Quando entrei no estúdio pra fazer esse disco, decidi ligar a chavinha do ‘’foda-se’’ e fazer a música com o coração, do jeito que eu estivesse afim de fazer, seja num ritmo X ou Y, sabe por quê? Antes de tudo eu sou um artista pop. O pop não é um ritmo, o pop é um gênero que absorve ritmos totalmente diversos. Esse é o meu maior prazer na música. Sou um artista que ouve e absorve referências de estilos diferentes e que não consegue, nem que queira, entrar dentro da caixinha do gênero. Esse acabou sendo o conceito do álbum. Inclusive, o nome do disco tem tudo a ver com isso, mas eu não posso falar ainda. ‘’Certificar’’, esse primeiro single, reflete muito isso, a mistureba que é o Marcelo Tofani. Esse artista pop que absorve coisas de diversos lugares e que colabora com artistas de gêneros diferentes, fazendo pontes meio inimagináveis. Acho que isso é uma coisa muito da nossa geração. A mesma pessoa que escuta divas pop, escuta Pabllo Vittar, escuta rap e também pisadinha. Eu sou reflexo disso.

Rolling Stone Brasil: A gente ainda lembra do lançamento de 'Não Beijei Ninguém', que foi um reggaeton celebrado em 2021. Desde então você assinou com AQuadrilha e agora vem de álbum novo - como foi esse período e o que essa virada representa para a sua música?

Marcelo Tofani: Ter assinado com AQuadrilha é um dos sintomas de eu ser a personificação de rolê aleatório. Sou o cara que cria pontes musicais entre lugares que, às vezes, não existiam. Por exemplo, sou um dos únicos artistas dA’ Quadrilha que não é rapper, e ao mesmo tempo eu e o Djonga somos parceiros desde o início das nossas carreiras sempre fizemos as coisas juntos, ele foi um cara muito importante, não só na minha carreira-solo, mas também no Rosa Neon. Gosto muito dessa sensação de criar essas pontes entre lugares que tinham tudo para se conectar, mas que incrivelmente não estão em contato. É muito minha vibe.

Rolling Stone Brasil: 'Certificar' foi a última faixa a entrar no novo disco, sim? Como ela chegou para você e por que a escolheu como primeiro single?

Marcelo Tofani: “Certificar” surgiu depois que assisti um documentário do Bee Gees e pirei muito neles, no som deles, na trajetória deles e não só deles, mas dos artistas pop do fim dos anos 1970, início de 1980, quando estavam no auge. Queria muito um som que trouxesse essa nostalgia das pistas da época, usando minhas referências atuais e toda a minha bagagem, como se fosse um guarda-chuva enorme de referências e ‘’Certificar’’ foi escolhida muito por esses motivos, porque ela sintetiza esse liquidificador de referências. Na mesma noite em que vi o documentário do Bee Gees, comecei a produzir a música no meu celular, em casa, e depois levei pro estúdio para finalizar a produção e a composição junto com o Gabriel Moulin, meu produtor. A faixa entrou para o disco nos 48 do segundo tempo e a gente se apaixonou, sentiu uma parada muito forte pelo som e sentiu que resumia todo esse rolé.

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"Certificar", de Marcelo Tofani (Humberto Catta Preta)
"Certificar", de Marcelo Tofani (Humberto Catta Preta)

Rolling Stone Brasil: Seus vídeos costumam ter algum tipo de enredo. É o caso deste? Qual a história aqui e como foi a produção dele?

Marcelo Tofani: Pois é, sou um artista que traz nos clipes um enredo e uma história bem na lata. Dessa vez, eu e o diretor, Caio Vieira, optamos por fazer um vídeo que passasse sensações pela estética, mas que deixasse interpretações mais abertas pra quem está assistindo. Vai ser uma parada mais subjetiva. 

Rolling Stone Brasil: O novo disco já tem data pra chegar? Alguma participação especial, o que você já pode nos abrir a respeito?

Marcelo Tofani: O disco tem previsão de sair em novembro e vem com mais de uma participação, não vou falar quantas, mas tem mais de uma. Posso adiantar que uma dessas, é o MC Anjim, que é cara do funk de BH e dono de uma das músicas mais fodas e estouradas de 2021, a ‘’Bala Love’’. Eu sou apaixonado pelo trabalho dele, acho que ele é um cara foda e um artista foda.