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Opinião: "Erasmo Carlos é mais uma perda inestimável neste 2022"

Pablo Miyazawa, editor-contribuinte da Rolling Stone Brasil, lamenta a morte de Erasmo Carlos e elege um disco como obra-prima de Tremendão

Pablo Miyazawa Publicado em 22/11/2022, às 16h00

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Erasmo Carlos nos anos 1980 (Foto: Domínio Público/ Arquivo Nacional)
Erasmo Carlos nos anos 1980 (Foto: Domínio Público/ Arquivo Nacional)

Erasmo Carlos é mais uma perda inestimável neste 2022 tão atípico e tão desagradável para a nossa cultura. É difícil medir a influência dele na música brasileira, visto que ele participou das vidas e das carreiras de tantos outros nomes essenciais. De Roberto Carlos, que foi o maior parceiro dele, de quem ele emprestou o segundo nome, até Tim Maia, Vanderléia, Jorge Ben Jor, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Nara, Maria Bethânia, Marisa Monte e tantos outros.

Ele foi um artista democrático, que sempre circulou muito bem entre músicos de todos os estilos e gerações, sendo considerado uma enorme inspiração para gerações que vieram depois e também um dos pioneiros do que viria a ser o rock brasileiro.

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Mas o disco dele que destaco como uma obra-prima é o Carlos, Erasmo, de 1971. Um primor em 13 faixas, em que o Tremendão flerta com o rock, o soul e com a contracultura, demonstrando uma sensibilidade rara para músicos da geração dele, em músicas como “É Preciso Dar um Jeito, Meu Amigo”, “Sodoma e Gomorra” e o clássico absoluto “Gente Aberta”. Hoje, a minha melhor homenagem vai ser ouvir o Erasmo, de Carlos, Erasmo, em alto volume, o dia todo.

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Morte de Erasmo Carlos

Erasmo Carlos morreu nesta terça-feira (22). O cantor e compositor havia sido internado ontem de manhã no Hospital Barra D’or, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, às pressas. Ele tinha 81 anos e morreu ao lado de sua esposa, Fernanda Passos. A causa da morte não foi divulgada.

Erasmo havia recebido alta no início do mês após ficar internado por nove dias no hospital, com um quadro de edema. O compositor vinha há alguns meses tratando uma síndrome edemigênica, doença que ocorre quando há um desequilíbrio bioquímico, dificultando a manutenção dos líquidos dentro dos vasos sanguíneos. Geralmente é causada por doenças cardíacas, renais ou dos próprios vasos.

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