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Música / O rock está morto?

Para Alice Cooper, “o rock está onde deveria estar”

Na visão de Alice Cooper, os novos artistas do rock não tem a 'atitude pesada' necessária para alcançar os padrões do gênero

Redação Publicado em 05/09/2023, às 16h45

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Alice Cooper (Foto:Per Ole Ragen / Redferns)
Alice Cooper (Foto:Per Ole Ragen / Redferns)

Assim como nos demais gêneros musicais, o rock passou por mudanças nos últimos anos e segundo Alice Cooper, os artistas desta nova geração não soam “perigosas”, faltando uma atitude ousada e carregada, que vai desde o nome da banda até a maneira como se vestem.

Em uma nova entrevista à Vulture, ele teceu elogios ao Nirvana, mas mostrou toda a sua fúria contra nomes que surgiram recentemente como Vampire Weekend e Tame Impala.

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Penso no Guns N’ Roses, no Mötley Crüe e no Aerosmith e há ali algo de extremo, de perigoso. Quando penso no Tame Impala, digo: quem é que quer ser chamado de Tame Impala? Você é uma banda de rock?”

Admitindo que os caras do Vampire Weekend “são muito bons no que fazem”, Cooper acrescentou: “Assisti eles no ‘Saturday Night Live’ e esperava ver vampiros. Mas chegam com dois teclados e vestidos de [camisetas] polo. Se estivessem cobertos de sangue, eu entenderia. Mas quando vi o que faziam só pensei: que desperdício de nome”.

Ele continuou: “Estou apenas dizendo para não colocarmos eles na mesma categoria que o The Who ou o Yardbirds. O rock tem que ter atitude, tem que ter uma base, e estas bandas não têm isso”.

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E mais uma vez, Cooper relembrou as falas de Gene Simmons, vocalista do KISS, que insiste em dizer que o rock está morto”: E eu digo: não! ‘O rock está onde deveria estar’. Costumávamos ficar no topo da montanha. Agora, bandas jovens estão do lado de fora olhando para dentro. Não fomos convidados para a festa”.

No entanto, o cantor acredita que ficar de fora dos grandes eventos de música é algo que pode fazer bem para o rock and roll: “Eles não são mais o filho favorito. Esse é um bom lugar para bandas jovens. Você pode ser o garoto que foi expulso da sala de aula”.