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113 anos de Oskar Schindler: a história real do homem que salvou 1.200 judeus na Segunda Guerra

Nascido na Morávia, no dia 28 de abril de 1908, foi a inspiração para o filme A Lista de Schindler de Steven Spielberg

Vitória Campos (sob supervisão de Camilla Millan) Publicado em 28/04/2021, às 21h21

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Oskar Schindler (Foto: The Holocaust Resource Center / Reprodução) e A Lista de Schindler (Foto: Divulgação)
Oskar Schindler (Foto: The Holocaust Resource Center / Reprodução) e A Lista de Schindler (Foto: Divulgação)

Com a vida contada no filme A Lista de Schindler (1993), Oskar Schindler nasceu há 113 anos, no dia 28 de abril. O austro-húngaro é conhecido por ter salvado 1.200 judeus da morte em Auschwitz, Polônia, durante a Segunda Guerra Mundial. 

Schindler nasceu na Morávia, antiga Austro-Húngara (atual República Checa). Grande negociante, trabalhou no Escritório Alemão de Inteligência Militar Estrangeira, e em 1939, foi introduzido ao Partido Nazista. Além disso, fez muitos trabalhos de espionagem para o governo alemão. 

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No mesmo ano, Schindler e a esposa se mudaram para a Cracóvia, Polônia, e ele se tornou o dono de uma fábrica de cerâmica esmaltada chamada Emalia, propriedade de um judeu anteriormente. Ninguém diria que ele ajudaria muitos judeus pelo jeito oportunista apresentado, mas salvou ao empregá-los nas fábricas. 

A princípio, usou os judeus visando o lucro por causa da mão de obra barata. Contudo, após um tempo, ele começou a dar emprego aos judeus dos guetos para os livrarem da morte nos campos de concentração, e até subornava e usava da diplomacia pessoal para tentar tirar alguns deles das horríveis condições do campo de Plaszow. 

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As fábricas possuíam, no auge, 1.700 trabalhadores, dos quais 1.000 eram judeus. Com o fechamento dos guetos, Schindler permitia que os trabalhadores permanecessem nas fábricas durante a noite para maior segurança. 

O empresário acabou se tornando suspeito pelo governo devido à proteção oferecida aos judeus, e, por isso, acabou sendo preso três vezes, e solto em todas elas. Mas havia uma esperança, e em outubro de 1944, Schindler conseguiu autorização dos alemães para transferir a fábrica para a Morávia. 

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Para integrar o time de trabalhadores no novo local, Schindler e o assistente escreveram uma lista com 1.200 nomes de judeus que necessitavam estar na nova fábrica, e o gesto ficou conhecido como A Lista de Schindler. A nova empresa produzia munição, e em oito meses somente uma foi fabricada. Para escapar da fiscalização nazista, ele falsificava os relatórios de produção. 

Com o fim da guerra, Schindler corria risco de ser preso por ter feito parte do Partido Nazista e precisou fugir. Mas ganhou um anel como agradecimento, feito de um dente de ouro de um dos judeus ajudados por ele, escrito: "Quem salva uma vida, salva o mundo inteiro.”

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Ele e a esposa emigraram para a Argentina em 1949, mas Schindler retornou à Alemanha em 1958 para comandar uma fábrica de cimento, a qual não teve sucesso. Sem dinheiro, o empresário teve ajuda financeira de judeus que ajudara. 

Morreu em 9 de outubro de 1974. Posteriormente, recebeu a Ordem de Mérito Alemã e o título “Justos Entre as Nações,” uma honra dada pelo Estado de Israel a não-judeus que salvaram judeus durante o Holocausto. 

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Schindler começou se filiando ao Nazismo e sendo um empresário oportunista. Contudo, conseguiu mudar o rumo da trajetória e, além de ter marcado positivamente 1.200 vidas de judeus, teve a história contada para todo o mundo.