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Dinho Ouro Preto abre jogo sobre excesso de drogas: ‘Incrível eu ter sobrevivido’

Em entrevista, cantor Dinho Ouro Preto falou sobre quando saiu do Capital Inicial, fase da vida em que se afundou nas drogas; confira

Redação Publicado em 26/10/2021, às 15h47

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Dinho Ouro Preto fala do coronavírus (foto: reprodução/ Instagram)
Dinho Ouro Preto fala do coronavírus (foto: reprodução/ Instagram)

O cantor Dinho Ouro Preto, da banda Capital Inicial, abriu o jogo em um papo sincero sobre o tempo em que deixou o grupo, na década de 1990, e usou e abusou de drogas. Segundo o músico de 57 anos, foi "incrível ter sobrevivido" à época dos excessos. 

"Eu saí do Capital em 1993. A banda virou uma descida para o inferno e os excessos ficaram cada vez piores," disse Dinho Ouro Preto em recente entrevista ao canal Cortes Podpah, do Youtube. "Era muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. Esse período foi uma coisa quase fora de foco. Fiquei nessa loucura de uns 3 a 4 anos. É incrível eu ter sobrevivido," relatou.  

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O cantor ainda revelou que começou a usar drogas (álcool e cocaína, basicamente) quando era jovem por causa da insegurança musical que tinha perante aos outros músicos. Ele usava os entorpecentes para "anestesiar a realidade" e "afogar as próprias mágoas."

"No 1º álbum, o Capital Inicial já bombou. E acho que eu não estava preparado. Aí foram muitos excessos, muitas drogas, muita 'acabação'... Não sei se todos faziam, mas eu fazia isso mais para afogar essa noção que eu tinha de não estar à altura do desafio, sendo imaturo musicalmente e em todos os sentidos também," disse Dinho.

Ele prosseguiu: "Eu tinha 21 anos quando gravamos o 1º disco do Capital. E eu achava que não tinha a manha musical; de não saber compor, não saber cantar. Eu sabia que eu não sabia, e achava que todos em volta de mim [percebiam], pois dava para ver que eu não sabia. Estava na cara. Eu precisava de muito mais tempo de 'porão' até aprender." 

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De acordo com o cantor, foi preciso anos até que ele ganhasse autoconfiança como músico: "Precisei de anos de aprendizado para dizer: 'Beleza, agora sou o senhor do meu destino; sei o que estou fazendo, sei compor, sei cantar, sei dar show.' Foi preciso levar isso a público, na frente de todos." 

Dinho Ouro Preto também creditou sua melhora contra as drogas à sua esposa, Maria Cattaneo. "Um pouco depois disso [da fase pesada com drogas] eu conheci a minha mulher, que é minha mulher até hoje. Ela foi a minha salvação," exaltou o cantor, e finalizou: "A partir dali eu comecei a reconstruir a minha vida. E, quando eu voltei para o Capital, anos depois, voltou tudo diferente."

Assista abaixo a entrevista de Dinho Ouro Preto no canal Cortes Podpah