A atriz que está em três filmes indicados ao Oscar de 2024 refletiu sobre as representações de personagens negros
por Pedro Figueiredo (@fedropigueiredo)
pedro.figueiredo@rollingstone.com.br
Publicado em 30/01/2024, às 19h22
Issa Rae está em um dos melhores momentos da carreira. A atriz, que foi responsável pela criação do grande sucesso da HBO, Insecure (2016), está em três filmes indicados ao Oscar em 2024 — Barbie, Homem-Aranha: Através do Aranhaverso e American Fiction. O terceiro foi tema central de uma entrevista da estrela ao Net-A-Porter.
Na trama, Rae interpreta uma autora que escreve um romance de sucesso, We's Lives in Da Ghetto, repleto de erros gramaticais e expressões prejudiciais envolvendo comunidades negras. O livro em questão bate de frente com o romancista e protagonista Thelonious “Monk” Ellison, papel de Jeffrey Wright, que está preocupado com editoras que estão ansiosas para recompensar romances que perpetuam os estereótipos negros.
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“Achei o roteiro tão compreensível, tão engraçado, tão perfeitamente satírico. Já fui como Monk. Me lembro da época da Awkward Black Girl (2013) — e mesmo antes disso — de me sentir tão furiosa com o que não estava sendo feito, e de ficar brava com quem estava no centro das atenções na época, porque eu estava tipo, 'Eu sei que somos muito mais do que o que está sendo apresentado aqui'”, disse Rae. “Reconheço essa fome, de apenas querer que seu trabalho seja visto e atacar os alvos errados.”
A atriz também reconheceu a pressão associada a programas feitos ou focados em personagens negros, e o sucesso de Insecure, que se centrava em mulheres negras comuns que vivenciavam encontros diários e lutas de amizade. “Quando foi lançado, fui muito claro. Eu pensei: ‘Esta não é uma história sobre todas as mulheres negras. Esta é uma história muito específica.'”
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