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Mais de mil cidades brasileiras enfrentam risco de falta de oxigênio

Levantamento feito pelo Conasems é um alerta nacional para possível falta de estoque de oxigênio

Redação Publicado em 08/04/2021, às 17h16

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Enfermeira Dayana Henrique da Silva com cilindro de oxigênio (Buda Mendes/Getty Images)
Enfermeira Dayana Henrique da Silva com cilindro de oxigênio (Buda Mendes/Getty Images)

Diante do avanço da pandemia de Covid-19 no Brasil, uma das grandes preocupações é a falta de oxigênio para tratamento de infectados nos hospitais. De acordo com dados do Conasems (Conselho Nacional de Secretarias municipais de Saúde), gestores de saúde de ao menos 1.068 municípios relataram a risco de desabastecimento de cilindros nos próximos dias.

Contudo, segundo matéria da Folha de São Paulo, o número pode ser ainda maior. Apenas uma parte de municípios respondeu ao questionário do Conasems. O balanço indicou diversas preocupações dos gestores da saúde diante da curva de casos de Covid-19 em alta no país.

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De acordo com o levantamento, que começou nas últimas semanas de março e terminou no dia 6 de abril, há uma grande dependência de cilindros de oxigênio, modelo que possui dificuldade de fornecimento, segundo dados. 

Segundo a Folha de São Paulo, 1.068 municípios informaram o risco de desabastecimento de oxigênio em ao menos uma unidade de saúde em até dez dias - um alerta preocupante em nível nacional.

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Apesar das medidas emergenciais tomadas recentemente em diversos estados para evitar falta de oxigênio, ainda há risco de desabastecimento. Mauro Junqueira, secretário-executivo do Conasems explicou à Folha de São Paulo: "Como o número de pacientes ainda cresce, há risco. Ainda é um cenário preocupante, que temos de monitorar."

De acordo com o balanço, diversos municípios informaram que ainda não sofrem com falta de oxigênio, mas precisam lidar com a incerteza de estoque. A Folha publicou algumas das frases enviadas com as respostas do formulário, como "tem dias que não há cilindros suficientes para serem abastecidos, e tem dias que o fornecedor não tem estoque de entrega" e "há dificuldade de manter o estoque".

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Além da preocupação com oxigênio, os dados indicaram estoque baixo de outros materiais, como luvas, máscaras e aventais. "Isso nos preocupou. Além da escassez de oxigênio, o abastecimento de EPIs [equipamentos de proteção individual], também pode estar prejudicado [em alguns locais]," disse Blenda Pereira, assessora técnica do conselho.


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