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Pela primeira vez no Brasil, 3 Doors Down descarta mudar sonoridade que fez o grupo famoso

"Bandas que fizeram sucesso por esse som, como nós e o Nickelback, são criticadas justamente por isso”, disse o guitarrista Chris Henderson em entrevista à Rolling Stone Brasil

Bruno Raphael Publicado em 11/04/2012, às 17h15 - Atualizado às 19h13

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3 Doors Down - Divulgação/Frank Ockenfels
3 Doors Down - Divulgação/Frank Ockenfels

Remanescente de uma safra norte-americana que surgiu no final dos anos 90 e início do século XXI trazendo bandas como Nickelback, Creed e The Calling, o 3 Doors Down vem ao Brasil pela primeira vez para três apresentações, incluindo uma em São Paulo na próxima quinta, 12. Do nicho ao qual pertencem os grupos citados acima, a banda é uma das únicas que permaneceu na ativa desde seu surgimento, considerando que o The Calling, de hits como "Wherever You Will Go" e "Adrienne", está em hiato desde a metade da década passada, e o Creed, do vocalista Scott Stapp, ficou um bom tempo parado, tendo voltado com a formação original em 2009. Todos esses artistas faziam um rock mais leve, que predominou nas rádios na época.

Leia textos das edições anteriores da Rolling Stone Brasil – na íntegra e gratuitamente!

Famosa pelas notas dedilhadas dos guitarristas Chris Henderson (o segundo na foto, da direita para a esquerda) e Matt Roberts, letras com temática de amor e a voz grossa do vocalista Brad Arnold, o 3 Doors Down lançou seu primeiro disco, The Better Life, em 2000. Até hoje, o trabalho, que rendeu hits como "Kryptonite", "Be Like That" e "Loser", permanece como o mais bem-sucedido da carreira da banda. São quase seis milhões de cópias vendidas no mundo todo.

No auge, houve quem definisse a sonoridade de bandas como o 3 Doors Down como "pós-grunge". Henderson desconversa a respeito, citando como exemplo que uma de suas bandas favoritas, por exemplo, é o grupo de southern rock Lynyrd Skynyrd, e afirmando que as letras do grupo, por comparação, se assemelham muito a mais a artistas como Bon Jovi.

Prestes a desembarcar pela primeira vez por aqui, Henderson parece curioso a respeito do país. "Tudo que sei sobre o Brasil, eu vi na TV. Isso é quase nada", confessa. "Mas ouvi falar que as praias são lindas. Nunca estive aí, quero saber como é e curtir o público nos shows."

Time of My Life (2011), quinto e mais recente disco da banda, teve um processo de composição mais livre, com menos pressões externas, segundo Henderson. O álbum, que chegou ao 3º lugar da parada norte-americana à época de seu lançamento, soa como um trabalho de uma banda que já fincou suas raízes sonoras e não deseja arriscar. Nas palavras do próprio Henderson, é desnecessário para o 3 Doors Down renovar seu som. Ele destaca a canção "Believer", que fecha o disco, como sua favorita.

"Bandas que fizeram sucesso por esse som, como nós e o Nickelback, geralmente são criticadas justamente por isso", dispara o guitarrista, se referindo às críticas irônicas que o baterista Patrick Carney, do Black Keys, fez em uma entrevista à Rolling Stone EUA ao grupo canadense liderado pelo vocalista Chad Kroeger (leia mais aqui). "Essa é a opinião de um grupo só, cada um tem a sua."

Assim como a maioria dos músicos, Henderson tinha uma profissão alternativa ao 3 Doors Down. Se a banda não tivesse dado certo, ele diz que não teria saído de Escatawpa, cidade do Mississippi em que a banda se juntou. "Provavelmente seria um policial, como eu era antes da banda", conta. "Mas eu nunca atirei em ninguém! [risos]"

Aqui no Brasil, o 3 Doors Down é mais conhecido pelo hit "Here Without You". A canção, que inclusive já foi tema de novela, foi composta pela banda e deixada de lado por alguns anos. "Nós compusemos essa música na estrada", conta Henderson. "Eu tinha esse riff e Brad foi fazendo letras para ele. Não foi algo que aconteceu de repente, nós decidimos colocá-la na geladeira e refazê-la para o segundo disco [Away from the Sun]. Sabíamos que havia algo bom ali e finalmente ela saiu."

3 Doors Down no Brasil

São Paulo

12 de abril, às 21h30

Endereço: Av. das Nações Unidas, 17.981 (Credicard Hall)

Ingressos:

Pista: R$ 150 / R$ 75 (meia-entrada)

Pista Premium: R$ 300 / R$ 150 (meia-entrada)

Camarote 1: R$ 350 / R$ 175 (meia-entrada)

Camarote 2: R$ 300 / R$ 150 (meia-entrada)

Rio de Janeiro

13 de abril, às 21h30

Endereço:Av. Ayrton Senna, 3000 (Citibank Hall)

Ingressos:

Camarotes: R$ 300 / R$ 150 (meia-entrada)

Poltronas: R$ 200 / R$ 100 (meia-entrada)

Pista: R$ 150 / R$ 75 (meia-entrada)

Pista Premium: R$ 300 / R$ 150 (meia-entrada)