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'Quem derruba presidente não é o Congresso, é o povo nas ruas', diz Temer

Em entrevista à Folha, o ex-presidente Michel Temer disse que impeachment de Bolsonaro é possível apenas com o “povo nas ruas”

Redação Publicado em 08/07/2021, às 09h52

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Michel Temer (Foto: Alexandre Schneider/Getty Images)
Michel Temer (Foto: Alexandre Schneider/Getty Images)

Michel Temer (MDB) afirmou à Folha que “povo na rua” é a única maneira de levar ao impeachment de Jair Bolsonaro (sem partido). Segundo o ex-presidente, “o Congresso não derruba ninguém sozinho.”

“Quem derruba presidente não é o Congresso, é o povo nas ruas. Povo nas ruas sensibiliza o Congresso, que acaba acolhendo a manifestação da rua. Veja, eu tive aquelas tais denúncias, não aprovaram porque não tinha povo na rua. Não tinha um cidadão na frente do Congresso [apesar de haver protestos contra Temer na época que assumiu a presidência, foram de menor intensidade],” explicou

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Em entrevista publicada na quarta, 7, Temer também disse não achar “útil” o início do processo de impeachment agora: “Se formos cronometrar, vai levar oito, nove meses, chegando nas eleições. Vale a pena? Convenhamos, o pessoal que apoia o presidente é tão ou mais ativo do que do PT.”

Nos últimos meses, diversas cidades do Brasil organizaram grandes protestos para pedir o impeachment de Bolsonaro. Em meio às denúncias de corrupção e irregularidades envolvendo compras de vacinas, as manifestações ganharam alcance internacional:

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Como uma alternativa de superar o atual sistema “roto e esfarrapado” brasileiro, o ex-presidente defende o semipresidencialismo. A forma de governo consiste no Chefe de Estado partilhando o poder executivo com um primeiro-ministro e um gabinete.

“Você dá atribuições ao presidente, mas só tem governo, com primeiro-ministro indicado por ele, se tiver maioria parlamentar. Mas tem de ser semi, não parlamentarismo puro, porque o brasileiro quer eleger o presidente, quer o ver com poder (...),” explicou.

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Sobre as próximas eleições para presidente, Temer acredita que o novo chefe de Estado precisa ser experiente, mas nega participar da corrida presidencial: “Já fiz de tudo,” disse à Folha


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