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Relembre a trajetória de Charlie Chaplin, o maior ator do cinema mudo

Conhecido pelas mímicas, o artista de O Vagabundo e O Grande Ditador nasceu há 132 anos

Vitória Campos | @camposvitoria (sob supervisão de Isabela Guiduci) Publicado em 16/04/2021, às 18h33

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Charles Chaplin (Foto: Reprodução)
Charles Chaplin (Foto: Reprodução)

Quando falamos do cinema mudo, é Charlie Chaplin quem vem à cabeça. O ator teve uma carreira de mais de 75 anos dedicada à arte e se destacou com as mímicas e filmes de comédia. Também conhecido como Carlitos, o astro nasceu há 132 anos, no dia 16 de abril de 1889. 

Chaplin era um artista versátil, e além de ator, exercia as funções de cineasta, comediante, músico, entre outros. Nascido em Londres, Inglaterra, era filho de um casal de atores de Music Hall (teatro envolvendo música), mas conviveu com os dois até os três anos, quando se divorciaram.

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Começo de uma vida para o cinema

Aos nove anos, o ator já se dedicava aos palcos. No auge dos 19, conseguiu um emprego como mímico em um teatro de variedades. Logo, ganhou destaque na profissão e, em 1910, aos 21 anos, fez uma turnê pelos Estados Unidos com a trupe de Fred Karmo.

Durante os espetáculos, foi avistado por um produtor, que o convidou para ser ator na Keystone Film Company. Posteriormente, porém, mudou-se para a Essanay Studios - um dos primeiros dos EUA, e foi responsável por alavancar o personagem mais famoso de Chaplin: O Vagabundo, ou Carlitos.

No projeto com o estúdio, o ator encontrou a figura que iria aparecer em vários outros filmes, um andarilho pobre, mas elegante, conhecido por usar o clássico conjunto: paletó, bengala e um chapéu-coco. 

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Charles Chaplin em O Garoto (1921) (Foto: Reprodução)

Com um humor pastelão e mímicas, passou a realizar mais filmes. Cada vez ficava mais fácil crescer neste universo, porque o artista fundou a própria produtora em 1919, a United Artists. Nela, produziu O Garoto (1921), Em Busca do Ouro (1929) e O Circo (1928). 

Com um orçamento de US$ 900 mil, O Circo lhe rendeu um Oscar honorário - uma forma encontrada pela Academia de reconhecer o trabalho de Chaplin como produtor, diretor, ator e roteirista no filme. 

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Uma voz a ser ouvida

O cinema mudo passou por transformações no final dos anos 1920, e adquiriu som. Contudo, durante toda a década de 1930, o ator não quis mudar a maneira na qual produzia, e insistia no valor da mímica. 

Ainda não adaptado ao novo estilo, Chaplin produziu Luzes da Cidade (1931), um filme mudo, mas com música sincronizada e efeitos sonoros. Não demorou muito para o artista se render e começar a usar um pouco das falas nas produções, e isso aconteceu em Tempos Modernos (1936). O filme continha, na maioria, cenas mudas, mas ficou marcado como a primeira vez na qual a voz do ator foi ouvida. 

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Logo após, lançou O Grande Ditador (1940). A produção contava a história de um barbeiro judeu quem se rebela após perceber as mudanças brutas ocorridas no antigo bairro. Indicado ao Oscar  em quatro categorias, o filme serviu como um protesto contra Hitler e o Nazismo.

Charles Chaplin em O Grande Ditador (1940) (Foto: Reprodução)

Após lançar Monsieur Verdoux (1947), Chaplin foi acusado de ser comunista pelo FBI, e teve o visto revogado, sendo obrigado a sair dos Estados Unidos. Com isso, exilou-se na Suíça em 1952, aos 63 anos.  

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Chaplin realizou o último filme em 1967, A Condessa de Hong Kong. O astro até voltou aos EUA em 1962, mas apenas para receber o Prêmio Especial da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas e, logo, retornou à Suíça. 

Em 1977, Chaplin usava uma cadeira de rodas e possuía a saúde debilitada. O cineasta morreu aos 88 anos, no dia 25 de dezembro do mesmo ano. Partiu enquanto dormia, em decorrência de um derrame cerebral. 

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Charlie Chaplin marcou a história do cinema com críticas ao governo e à sociedade, mas sempre fez as pessoas rirem com personagens simples e bem escritos. O ator é símbolo de uma era, e arrancou sorrisos das pessoas, e curiosamente, muitas vezes, sem ao menos precisar falar. 

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