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A porcentagem de herança que Jô Soares deixou a cada funcionário

Bens foram divididos entre quatro pessoas que trabalhavam com ele, além de ex-esposa e amiga; ele era solteiro e seu único filho faleceu em 2014

Jô Soares durante seu programa de entrevistas na Globo (Foto: Reprodução)
Jô Soares durante seu programa de entrevistas na Globo (Foto: Reprodução)

Detalhes da partilha da herança de Jô Soares foram revelados pelo site Notícias da TV. O ator, apresentador e escritor faleceu no último dia 5 de agosto, aos 84 anos, em decorrência de insuficiência renal e cardíaca, estenose aórtica, e fibrilação arterial.

O testamento previu que 10% de seus bens fossem divididos entre quatro funcionários que trabalharam em sua casa durante anos. Dois homens receberam 3,6% e 1,6%, enquanto duas mulheres ficaram com 3,2% e 1,6%. A maior parte da herança ficou com sua ex-esposa, Flavia Pedras Soares — o equivalente a 80% do patrimônio. Uma amiga ficou com os 10% restantes.

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Segundo o Notícias da TV, o apartamento duplex do apresentador já estava desde 2017 no nome de Flavia, que também ficou com joias, relógios, obras de arte e instrumentos de estúdio. O imóvel localizado na avenida Higienópolis, região central de São Paulo, dispõe de ateliê, escritório, estúdio, esculturas, acervo de obras de arte, entre outros.

No testamento, revelou que queria ser cremado e ter suas cinzas entregues à ex, com quem esteve casado entre 1987 e 1998. Ficará sob responsabilidade dela, também, definir uma instituição para a doação da biblioteca do antigo cônjuge, com mais de 5 mil livros.

Na época de seu falecimento, ele era solteiro. Não tinha herdeiros, pois seu único filho, Rafael Soares, morreu em 2014 após ter sido diagnosticado com câncer no cérebro.

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A morte de Jô Soares

Jô Soares faleceu em 5 de agosto de 2022, aos 84 anos, após passar algumas semanas internado no Hospital Sírio-Libanês para tratar uma pneumonia. A informação foi confirmada por Flávia Pedras Soares através das redes sociais. Na ocasião, declarou:

“Assim, aqueles que através dos seus mais de 60 anos de carreira tenham se divertido com seus personagens, repetido seus bordões, sorrido com a inteligência afiada desse vocacionado comediante, celebrem, façam um brinde à sua vida. A vida de um cara apaixonado pelo país aonde nasceu e escolheu viver, para tentar transformar, através do riso, num lugar melhor.

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Viva você meu Bitiko, Bolota, Miudeza, Bichinho, Porcaria, Gorducho. Você é orgulho pra todo mundo que compartilhou de alguma forma a vida com você. Agradeço aos senhores Tempo e Espaço, por terem me dado a sorte de deixar nossas vidas se cruzarem. Obrigada pelas risadas de dar asma, por nossas casas do meu jeito, pelas viagens aos lugares mais chiques e mais mequetrefes, pela quantidade de filmes, que você achava uma sorte eu não lembrar pra ver de novo, e pela quantidade indecente de sorvete que a gente tomou assistindo. Obrigada para sempre, pelas alegrias e também pelos sofrimentos que nos causamos. Até esses nos fizeram mais e melhores.”

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Sobre Jô Soares

José Eugênio Soares, o Jô Soares, nasceu no Rio de Janeiro em 16 de janeiro de 1938. O interesse pelas artes veio da adolescência, período que passou na Suíça; já o humor surgiu de forma natural, embora ele tenha desenvolvido a veia de comediante na volta ao Rio, em meados da década de 1950.

Sua filmografia iniciou-se com participações em Rei do movimento (1954), De pernas pro ar (1956) e Pé na tábua (1957). O primeiro destaque vem como ator em O homem do Sputnik (1959). Na TV, estreou em 1958, quando passa a escrever para programas como TV Mistério, da TV Rio, com Tônia Carreiro e Paulo Autran, e Noites Cariocas, da TV Continental. Na década de 1960, muda-se para São Paulo para trabalhar na TV Record. Destacou-se com a série A família trapo, exibido entre 1967 e 1971 todos os domingos.

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Em 1970, vai para a TV Globo, onde se destaca por 17 anos com programas como Faça humor, não faça a guerra, Satiricon, O Planeta dos Homens e Viva o Gordo.

Na década de 1980, aventura-se como cronista para jornais como O Globo e Folha de S. Paulo. É nesta época que surgem os primeiros livros, que depois o tornariam best-seller, como O astronauta sem regime (1983), e o best seller O Xangô de Baker Street (1995), que chegou a ser adaptado para o cinema, em 2001. O homem que matou Getúlio Vargas (1998), Assassinatos na Academia Brasileira de Letras (2005) e As esganadas (2011) fizeram semelhante sucesso.

Em 1987, vai para o SBT, onde ganha seu próprio programa, o Jô Soares Onze e Meia, que apresenta por 11 anos, até 2000, quando volta à Globo com o Programa doJô, que apresentou até 2016.

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