Rolling Stone Brasil
Busca
Facebook Rolling Stone BrasilTwitter Rolling Stone BrasilInstagram Rolling Stone BrasilSpotify Rolling Stone BrasilYoutube Rolling Stone BrasilTiktok Rolling Stone Brasil

Relembre a trajetória de Billie Holiday, uma das maiores vozes do jazz

A cantora nasceu há 106 anos e deixou um legado na música que permanece até os dias de hoje

Vitória Campos (sob supervisão de Isabela Guiduci) Publicado em 07/04/2021, às 18h42

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Billie Holiday (Foto: William P. Gottlieb / Wikimedia Commons)
Billie Holiday (Foto: William P. Gottlieb / Wikimedia Commons)

Billie Holiday, conhecida também como Lady Day, nasceu há exatos 106 anos, no dia 7 de abril, na Filadélfia, Estados Unidos. A cantora de “Strange Fruit” e “Gloomy Sunday” é reconhecida pelos críticos musicais como uma das maiores vozes na história do jazz, além de ser a responsável por criar o jazz moderno. 

Com uma infância difícil, a artista era filha de pais adolescentes e foi criada por uma tia em Baltimore, EUA. Aos 10 anos, foi estuprada por um vizinho e levada para uma casa de ajuda a vítimas de abusos, onde sofreu mais agressões. 

+++ LEIA MAIS: O dia que uma cidade inteira ouviu jazz para escapar das garras de um serial killer [FLASHBACK]

Após quatro anos, foi morar com a mãe e começou a se prostituir. Com condições de vida precárias, corria o risco de ser despejada por não pagar o aluguel. Logo, começou a trabalhar como cantora em um bar no Harlem, EUA. 

Obviamente, Holiday se daria bem na música. Em 1932, atraiu a atenção do produtor musical John Hammond, que posteriormente a levaria para gravar o primeiro disco com a banda de Benny Goodman. Isso dava início à carreira grandiosa da artista. 

+++ LEIA MAIS: Os 10 melhores solos de saxofone na música pop: de David Bowie a Lady Gaga [LISTA]


Nos holofotes

Holiday foi uma das primeiras mulheres negras a se apresentar com bandas de homens brancos. Cantou com Artie Shaw e Count Basie e com as orquestras de Duke Ellington e Teddy Wilson. Sem dúvidas, era um talento em ascensão com “God Bless The Child” e “Trav’ lin Light”. 

Casou-se três vezes, todas com músicos. Tinha o sonho de engravidar, porém, não conseguiu ter filhos. Os relacionamentos tinham fim devido a agressões e traições, além de todos tentarem controlar a vida e dinheiro de Holiday.

+++ LEIA MAIS: 5 músicas para se apaixonar pelo jazz experimental do Standing On The Corner

Enquanto vivia o auge do sucesso, a cantora começou a se afundar nas drogas e depressão. Foi presa em 1947 por portar heroína, mas ficou apenas alguns dias detida. Mesmo apaixonada pela profissão, tentou desistir da carreira e da própria vida. A tristeza da vida real era refletida na música e a cantora dominava o topo das paradas.


Início do fim 

Holiday descobriu uma cirrose hepática em 1959, proveniente do vício na bebida. No mesmo ano, foi internada e descobriu uma insuficiência cardíaca e edema pulmonar. Enquanto estava hospitalizada, policiais invadiram o quarto por posse de heroína e maconha. 

+++ LEIA MAIS: Os 6 melhores filmes de jazz e blues, segundo o Rotten Tomatoes [LISTA]

A cantora ficaria sob guarda policial até receber alta e, depois, encaminhada a um presídio, mas a prisão não aconteceu. Billie Holiday morreu no dia 17 de julho de 1959 em Nova York, EUA. Após a morte, deixou um legado na história da música e, principalmente, no jazz.

Recentemente, a trajetória da cantora foi relembrada e Andra Day interpretou Billie Holiday em The United States vs. Billie Holiday(2021). O filme sobre a história da cantora concorre a Melhor Atriz no Oscar 2021, e ganhou o prêmio de Melhor Atriz no Globo de Ouro.

+++ LEIA MAIS: Onde assistir aos principais filmes do Oscar 2021: Mank, Nomadland e mais


+++ KONAI: 'ESTAMOS EM PRESSÃO CONSTANTE PARA SER O QUE NÃO É NOSSO NATURAL' | ENTREVISTA