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Billie Joe, do Green Day, quer renunciar à cidadania americana

'Há muita estupidez no mundo pra voltar a esse país miserável.' disse Billie Joe sobre abolição de lei que garantia direito ao aborto nos EUA

Redação Publicado em 27/06/2022, às 12h07

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Billie Joe. (Foto: GettyImages)
Billie Joe. (Foto: GettyImages)

Billie Joe Armstrong, vocalista do Green Day, disse durante um show em Londres que vai renunciar à sua cidadania americana. A declaração veio após a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos de derrubar lei federal que permitia o aborto legal no país.

“F***-se a América. Estou renunciando a minha cidadania. Estou vindo para cá. Há muita estupidez no mundo pra voltar a esse país miserável. Ah, não estou brincando, vocês vão me ver muito nos próximos dias.” disse.

O Green Day se apresentou  na última sexta-feira, 24, e a declaração foi recebida com aplausos. O grupo tocava no London Stadium, durante sua turnê com Fall Out Boy e Weezer.

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“F***- a Suprema Corte da América,”​​ disse antes de tocar o hit de 2004, "American Idiot".

Assista o trecho do discurso abaixo.


Música e protesto

Armstrong, Olivia Rodrigo, Megan Thee Stallion, Phoebe Bridgers e Billie Eilish estão entre os artistas que se manifestaram publicamente sobre a decisão da Suprema Corte em abolir a lei federal que permite a legalização do aborto. 

No último sábado, Olivia Rodrigo fez um cover de “Fuck You” ao lado de Lily Allen. As duas dedicaram a canção aos cinco juízes responsáveis pela revogação do Roe v. Wade, contestação judicial que garantia o aborto nos EUA. A apresentação aconteceu durante o Festival Glastonbury, na Inglaterra.

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Billie Eilish também abordou a revogação antes de apresentar “Your Power” durante o festival.

“E hoje é um dia muito, muito sombrio para as mulheres nos EUA. Só vou dizer isso, pois não consigo mais pensar nisso agora.” disse Eilish.


Roe v. Wade

A lei federal surgiu em 1973, quando Jane Roe, pelo pseudônimo de Norma McCorvey, abriu um processo no Texas afirmando que sua gravidez era resultado de uma violação. Enquanto Henry Wade, que representava o estado, se opunha a legalização do aborto.

Por fim, o tribunal do Distrito decidiu a favor de Jane Roe. O caso, então, foi à Suprema Corte dos Estados Unidos, e, finalmente, garantiu o direito de aborto das mulheres com base no direito à privacidade.

Na última sexta-feira, 24, a Suprema Corte dos Estados Unidos derrubou a decisão de Roe v. Wade. Foram seis votos favoráveis e três contrários.