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Música / Entrevista

Plain White T's volta a cantar e celebrar o amor: 'Vamos aproveitar nossas vidas e nos apaixonar novamente'

Atração do I Wanna Be Tour, Plain White T's fará seis shows no Brasil em 2024; Tom Higgenson falou com Rolling Stone Brasil sobre momento da banda

Plain White T's (Foto: Divulgação)
Plain White T's (Foto: Divulgação)

Não é surpresa para ninguém que o estilo musical emo voltado para o pop rock voltou com tudo nos últimos anos, especialmente após a pandemia de covid-19, com várias bandas do gênero que fizeram sucesso nos anos 2000 lançando discos de estúdio e turnês — em alguns casos, alguns grupos até voltaram às estradas e estúdios.

Um dos grandes representantes da cena na época, com canções de sucesso que falavam sobre amor, é o Plain White T's, responsável por hits como "Hey There Delilah," Rhythm of Love" e "1, 2, 3, 4," atualmente formada por Tom Higgenson, Mike Retondo, De'Mar Hamilton e Tim Lopez.

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Inclusive, na manhã deste sábado, 2, por volta das 12h (horário de Brasília), o grupo estadunidense se apresentará no Brasil, em show no festival I Wanna Be Tour, que celebra "grandes nomes do pop punk e do emo nacional e internacional," no Allianz Parque, em São Paulo.

Durante entrevista à Rolling Stone Brasil, Higgenson, que estava bastante empolgado para falar com a imprensa brasileira, foi questionado sobre o hiato de pouco mais de cinco anos dos estúdios. Após lançar Parallel Universe (2018), Plain White T's lançou o álbum intitulado, com 13 faixas ao todo, em 17 de novembro de 2023.

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Como o cantor e frontman da banda relembrou, existia essa sensação do mundo da música não voltar ao normal, e precisaram se adequar ao momento, com gravações em diferentes estúdios caseiros e profissionais. Além disso, os músicos trabalharam com vários produtores diferentes.

Segundo Tom Higgenson, fez sentido realizar o disco autointitulado dessa forma à distância, praticamente um home office, visto que o grupo nunca tinha feito algo assim. Até o tom foi diferente, especialmente se comparar com Parallel Universe, que tem uma pegada mais sombria.

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"Definitivamente era onde eu estava naquele momento. Depois da pandemia acontecer, ficamos tipo: 'Tudo bem, não há tempo para isso. Precisamos voltar ao amor, à felicidade e à esperança.' Definitivamente, sou um eterno otimista, um romântico incurável. É como se todas essas coisas, um pouco abatidas ao longo dos anos, tenham sido espremidas de mim por relacionamentos ruins ou pela vida, tanto faz.

Definitivamente, eu estava me sentindo reenergizado e revigorado após a pandemia. Muito disso aparece no novo álbum, que é muito mais esperançoso: 'Vamos aproveitar nossas vidas e nos apaixonar novamente, e vamos fazer todas as coisas que tornam a vida ótima.'

O resultado desse retorno e celebração ao amor é bastante positivo para o Plain White T's, que acabou de terminar a parte da nova turnê nos Estados Unidos, na qual os fãs cantaram aos hits antigos e as novas faixas do disco inédito — mesmo aquelas que não foram divulgados como singles e videoclipes.

Provavelmente porque estamos todos no mesmo lugar. Todos passamos pelo que passamos, e todos precisamos de toda essa esperança e diversão de novo, sabe?

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Show do Plain White T's e uma convidada bastante especial

Na próxima fase da turnê, a banda desembarca no Brasil para fazer cinco shows no I Wanna Be Tour. Além de São Paulo, eles também passam por Curitiba (3 de março), Recife (6 de março), Rio de Janeiro (9 de março) e Belo Horizonte (10 de março).

Na parte do show em que cantam o hit "Hey There Delilah," Plain White T's chamará ao palco uma convidada bastante especial, a cantora brasileira DAY LIMNS. Quando confirmaram a apresentação no Brasil, os artistas queriam fazer uma colaboração com algum músico brasileiro em uma música inédita.

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Conversa vai e vem, os músicos conheceram o trabalho de DAY e tiveram a ideia de convidá-la para uma participação nos shows no Brasil. "E não sei como foi feita a conexão com ela, mas, de alguma forma, surgiu a ideia dela tocar a música ao vivo," relembrou. "Em nossa última turnê, tivemos alguns momentos nos quais chamávamos algumas pessoas divertidas aleatoriamente. Em um dos shows, meu filho apareceu e cantou uma das músicas conosco.

Esses momentos são sempre algo que torna o show muito mais divertido e memorável para o público — e para nós.

Por que o emo voltou aos holofotes na música?

Esse é uma questão que Tom Higgenson não entende completamente, mas tem algumas ideias: "Eu realmente não sei. Devido à pandemia, todos ficaram um pouco nostálgicos e todos só queriam algo que os fizesse se sentir bem ou confortáveis, e lembrasse de tempos melhores," disse.

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"Mesmo que a música emo seja considerada triste, não acho que tudo seja triste. Eu acho que é tudo divertido," opinou o cantor. "Quer dizer, é tudo triste porque você quer amor, ou está procurando aquela garota, ou aquela garota não gostou de você. Se pudéssemos voltar aos tempos em que isso era tudo que importava, todos gostaríamos que a vida fosse tão simples."

É apenas uma questão de querer algo um pouco mais, um pouco mais simples, que faça você se sentir bem e faça você se sentir um pouco mais jovem.