Rolling Stone
Busca
Facebook Rolling StoneTwitter Rolling StoneInstagram Rolling StoneSpotify Rolling StoneYoutube Rolling StoneTiktok Rolling Stone

Nick Cave não acredita que é possível 'separar a arte do artista'; entenda

Nick Cave comentou sobre o assunto ao responder perguntas enviadas pelos fãs através do site dele

Mariana Rodrigues (sob supervisão de Yolanda Reis) Publicado em 19/05/2021, às 17h01

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Nick Cave (Foto: Eugene Odinokov/AP)
Nick Cave (Foto: Eugene Odinokov/AP)

Nick Cave respondeu perguntas de fãs enviadas para o site do músico, o Red Hand Files. Shelly, de Amsterdã, perguntou: "Devemos separar a arte do artista?" E o músico respondeu: "Não acho que podemos separar a arte do artista, nem deveríamos precisar." As informações do NME.

Cave completou: "Podemos olhar para uma obra de arte como o aspecto transformado ou resgatado de um artista e nos maravilhar com a jornada milagrosa a qual ela percorreu para chegar à melhor parte da natureza do artista. Talvez a beleza possa ser medida pela distância que ela viajou para nascer."

+++ LEIA MAIS: Nick Cave elogia música escrita por garoto com paralisia cerebral: 'Incrível'

O músico também respondeu à pergunta de Carlos, do Recife, Brasil, sobre a "definição de esperança." "O fato de pessoas más fazerem arte boa é motivo de esperança," disse. "Ser humano é transgredir, disso podemos ter certeza, mas todos temos a oportunidade de redenção, de nos elevarmos acima das partes mais lamentáveis ​​de nossa natureza, de fazer o bem apesar de nós mesmos, de fazer a beleza do não belo, e ter a coragem de apresentar o nosso melhor ao mundo."

Cave finalizou a resposta, dizendo: "Residir em um gesto de gentileza de um indivíduo desequilibrado para outro ou, de fato, poder encontrá-lo em uma obra de arte que vem das mãos de um malfeitor."

+++ LEIA MAIS: Os melhores guitarristas de todos os tempos, segundo Nick Cave

"Essas expressões de transcendência, de aperfeiçoamento, nos lembram como há bem na maioria das coisas, raramente há apenas o mal," escreveu. "Uma vez atentos a esse fato, começamos a ver bondade em toda parte, e isso pode ajudar a corrigir a narrativa atual dos humanos serem uma m*rda e o mundo estar f*dido."


+++ SUPLA: 'NA ARTE A GENTE TEM QUE SER ESPONTÂNEO' | ENTREVISTA | ROLLING STONE BRASIL