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Pelo 13º ano seguido, Brasil é país com mais assassinatos de pessoas transexuais

Dados do Dossiê Assassinatos e Violências Contra Travestis e Transexuais Brasileiras analisam o número de casos no país

Redação Publicado em 10/02/2022, às 10h07

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Bandeira trans (Foto:Hollie Adams/Getty Images)
Bandeira trans (Foto:Hollie Adams/Getty Images)

Brasil registrou o assassinato de 140 pessoas trans em 2021, classificado pelo 13º ano seguido o país que mais mata transexuais de acordo com dados do Dossiê Assassinatos e Violências Contra Travestis e Transexuais Brasileiras. O estudo feito pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) registrou 135 mortes de travestis e mulheres transexuais e cinco de homens trans e pessoas transmasculinas. (via Agência Brasil)

O número diminuiu em relação a 2020, quando foram registradas 175 mortes. No entanto, é superior ao de 2019, pré-pandemia, quando foram computadas 124 mortes. O número de 2021 também é superior à média de 123,8 homicídios desse tipo desde 2008.

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Em relação aos lugares onde aconteceram esses casos, o estado São Paulo está em primeiro com 25 mortes, seguido por Bahia com 13, Rio de Janeiro com 12 e Ceará e Pernambuco com 11. Também foi identificado um caso de brasileira trans em Portugal e um na França. Em relação ao perfil das vítimas, a maioria se consideravam pretas ou pardas e tinham entre 18 e 39 anos.

De acordo com a pesquisa, 78% das pessoas mortas eram profissionais do sexo. A autora explica que muitas “são empurradas para a prostituição compulsoriamente pela falta de oportunidades,” pois frequentemente se encontram em situações muito vulneráveis e expostas à violência.

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A pandemia de covid-19 também foi um agravante. O estudo mostra que a crise sanitária, econômica e social dificultou o acesso a auxílios governamentais e obtenção de empregos.

Apesar do aumento de iniciativas que visam a proteção de pessoas LGBTQ+ e discussão de casos como esses, transexuais são os que mais sofrem violações dos direitos humanos dentro da comunidade. Além disso, os dados são de difícil acesso, o que reflete a ausência de um recorte que inclua essas pessoas nas estatísticas.

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Todas as informações são da Agência Brasil.