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Cinema / Opinião

Oppenheimer: Spike Lee questiona filme de Nolan: 'O que aconteceu com os japoneses?'

Segundo Spike Lee, declaração sobre Oppenheimer não é uma 'crítica', mas apenas um 'comentário'

Spike Lee (Foto: Jesse Grant/Getty Images) e cena de Oppenheimer (Foto: Reprodução/Universal)
Spike Lee (Foto: Jesse Grant/Getty Images) e cena de Oppenheimer (Foto: Reprodução/Universal)

Responsável por diversos filmes de sucesso, como Infiltrado na Klan (2018) e Faça a Coisa Certa (1989), e um dos grandes diretores dos últimos anos, Spike Lee assistiu a Oppenheimer, filme dirigido por Christopher Nolan lançado em 20 de julho de 2023 nos cinemas brasileiros, e questionou a produção, especialmente do ponto de vista dos japoneses.

Estrelado por Cillian Murphy, o longa se passa durante a Segunda Guerra Mundial e acompanha o físico teórico Julius Robert Oppenheimer como comandante do programa da bomba atômica, chamado Projeto Manhattan e financiado pelo governo dos Estados Unidos. Por conta disso, duas bombas foram lançadas no Japão, nas cidades Hiroshima e Nagasaki.

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No entanto, a trama de Oppenheimer tem como único foco o envolvimento da parte estadunidense, e não mostra o contexto histórico de outros países que participaram do conflito. Durante entrevista ao The Washington Post, Lee aproveitou para falar sobre a produção.

"Chris Nolan com Oppenheimer, você sabe, ele é um grande cineasta. Ótimo filme. Mostrei [Dunkirk, filme de 2017] na minha aula. E isso não é uma crítica. É um comentário," afirmou. "Se forem três horas, gostaria de acrescentar alguns minutos sobre o que aconteceu com o povo japonês."

As pessoas foram vaporizadas. Muitos anos depois, as pessoas são radioativas. Não é como se ele não tivesse poder. Ele diz aos estúdios o que fazer.

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"Eu adoraria que o final do filme mostrasse o que ele fez, lançando aquelas duas bombas nucleares no Japão," continuou o diretor, que explicou como "tudo isso é amor" por Christopher Nolan. "E aposto que ele poderia me dizer algumas coisas que mudaria em Faça a Coisa Certa e Malcolm X (1992)."