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Assessor de Bolsonaro era responsável por página de fake news derrubada pelo Facebook, aponta investigação

Tercio Arnaud Tomaz administrava a página Bolsonaro Opressor 2.0 no Facebook e o perfil @bolsonaronewsss no Instagram

Redação Publicado em 09/07/2020, às 08h33

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Jair Bolsonaro (foto: Andressa Anholete, Getty Images)
Jair Bolsonaro (foto: Andressa Anholete, Getty Images)

Recentemente, o Facebook e o Instagram removeram conteúdos de fake news das redes sociais por meio de uma investigação do DFRLab - Atlantic Council’s Digital Forensic Research Lab. E, segundo o G1, uma das páginas derrubadas pertencia ao assessor de Jair Bolsonaro, Tercio Arnaud Tomaz

De acordo com o jornal, o Tomaz administrava a página Bolsonaro Opressor 2.0 no Facebook, que tinham mais de 1 milhão de seguidores, e o perfil @bolsonaronewsss no Instagram, que tinha 492 mil seguidores. Os dois foram derrubados pelo Facebook.

Os documentos também deixam claro que, apesar do dono da página ser anônimo, o nome de Tomaz foi descoberto por meio do código-fonte.

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Em relação ao conteúdo, as páginas espalharam crítica à oposição do governo e até mesmo os antigos integrantes que tiveram desentendimentos com o presidente, como o ex-ministro da Justiça Sergio Moro

No momento, Tomaz foi o único alvo da investigação que possui ligação direta com Bolsonaro. O assessor, que também trabalhou no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro, foi responsável por gerenciar as redes sociais do Presidente da República durante as eleições de 2018. 

Atualmente, o assessor trabalha no Palácio do Planalto e supostamente faz parte do “gabinete do ódio”, o qual inclui José Matheus Salles e Mateus Matos Diniz.

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Segundo o Facebook, a plataforma derrubou 35 contas, 14 páginas, 1 grupo, que reuniam cerca de 883 mil pessoas. Já o Instagram teve 38 contas apagadas, que acumulavam 917 mil seguidores. A empresa também informa que US$ 1,5 mil foram pagos em reais para anúncios. 

“A atividade incluiu a criação de pessoas fictícias fingindo ser repórteres, publicação de conteúdo e gerenciamento de páginas fingindo ser veículos de notícias", disse a empresa em um comunicado oficial. 

A rede social explicou que as contas tentavam escapar dos mecanismos de segurança da rede social com contas duplicadas, porém, foram derrubadas mesmo assim por violarem as políticas internas. 

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A ação também derrubou páginas de dois assessores do deputado Eduardo Bolsonaro: Eduardo Guimarães, que teve até mesmo a conta pessoal apagada; e Paulo Eduardo Lopes, conhecido como Paulo Chuchu e um dos operadores da rede de fake news no Facebook. 

“É uma rede antiga, tem páginas que são bem antigas, bem antes da eleição, mas a atividade principal que a gente vê delas foi no final de 2019, início de 2020. Então, tem muitas coisas relacionadas à Covid-19”, disse Luísa Bandeira, chefe da América Latina do DFRLab.

Ela completou: “Tem muitas coisas como eu falei sobre o Congresso, sobre o STF, o que está acontecendo no Brasil agora, então essa rede estava atuando com muita força agora até ela ser retirada do ar pelo Facebook”.

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O Planalto não se manifestou sobre a ação, mas a assessoria de Flávio Bolsonaro e deputados do PSL - Partido Social Liberal se manifestaram e questionam o viés da investigação. Além disso, o PSL também publicou uma nota oficial para o G1. Confira: 

"A respeito da informação que trata da suspensão de contas do Facebook de alguns políticos no Brasil, não é verdadeira a informação de que sejam contas relacionadas a assessores do PSL, e sim de assessores parlamentares dos respectivos gabinetes, sob responsabilidade direta de cada parlamentar, não havendo qualquer relação com o partido.

Ainda, o partido esclarece que os políticos citados, na prática, já se afastaram do PSL há alguns meses com a intenção de criar um outro partido, inclusive, tendo muitos deles sido suspensos por infidelidade partidária. Ainda, tem sido o próprio PSL um dos principais alvos de fake news proferidos por este grupo.”


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