2014 foi um ano cheio de lançamentos incríveis para a música brasileira, separamos 10 entre Racionais Mc's, Silva, Anelis Assumpção e mais
por Pedro Figueiredo (@fedropigueiredo)
pedro.figueiredo@rollingstone.com.br
Publicado em 24/01/2024, às 08h00
2014 foi um ano de grandes lançamentos no mercado fonográfico brasileiro. Entre veteranos e novos nomes na cena, separamos dez lançamentos que completam uma década em 2024.
Gêneros como o rock, o rap e o MPB, vários gêneros foram contemplados entre os lançamentos deste ano. Alguns, como a Banda do Mar, fizeram barulho com suas melodias e, desde então, não temos notícias de outros lançamentos — apesar de não perdermos as esperanças. Outros, como os Titãs e os Racionais MC’s, nomes consagrados, lançaram discos que se transformaram em clássicos instantâneos. Veja a lista completa.
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Nheengatu é o nome é uma língua indígena da família tupi-guarani . Esse foi o nome escolhido pelos Titãs para batizar o 18º álbum da banda. Inspirados pelo conturbado contexto do Brasil à época do lançamento, os roqueiros usaram uma ilustração da Torre de Babel para traduzir os sentimentos provocados pelo momento do país.
Faixas de destaque: “Fardado” e “Chegada Ao Brasil (Terra À Vista)”
Banda do Mar foi o nome dado ao projeto que uniu Marcelo Camelo, Mallu Magalhães e Fred Pinto Ferreira. O trio lança em 2014 o seu primeiro disco — e único, até agora. Com 12 faixas, Camelo e Magalhães se dividem nos vocais de canções que variam entre melodias mais tranquilas e levadas mais agitadas que, mesmo com uma década de lançamento, seguem muito atuais.
Faixas de destaque: “Mais Ninguém” e “Dia Clarear”
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Vista pro Mar foi o segundo álbum de estúdio de Silva. O capixaba nos apresenta 11 faixas com sonoridade particular, o cantor mescla toques de melancolia e mostra os primeiros sinais do Silva que viria estourar para todo o Brasil algum tempo depois. Também é preciso destacar a energia solar presente no disco.
Faixas de destaque: “É Preciso Dizer” e “Entardecer”
O álbum autointitulado do Nação Zumbi marcou o primeiro lançamento da banda desde Fome de Tudo (2007) — sem contar o álbum ao vivo de 2012 e o projeto em parceria com Mundo Livre SA. Ao longo das faixas, o pop e o rock se fundem com o manguebeat do qual são precursores. O resultado ousado não poderia ser melhor.
Faixas de destaque: “Um Sonho” e “A Melhor Hora da Praia”
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Em seu segundo álbum, Alice Caymmi se mostra uma cantora madura e segura de sua arte. Com uma sonoridade potente, a artista ousa com regravações de Mc Marcinho e Maysa, adicionando sua própria personalidade. Temos aqui um disco com brasilidade pulsante.
Faixas de destaque: “Princesa” e “Como Vês”
Juçara Marçal brinca com diferentes sonoridades ao longo de Encarnado. A produção do disco é assinado pelo parceiro do Metá Metá, Kiko Dinucci, repetindo no projeto solo a parceria que já funciona tão bem no grupo. Os poemas cantados por ela são sentimentais e profundos, não é à toa que foi considerado um dos melhores de 2014.
Faixas de destaque: “Velho Amarelo” e “Ciranda do Aborto”
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Convoque Seu Buda pode ser visto como uma continuação do Nó na Orelha, primeiro disco de Criolo, mas aqui o artista eleva o nível. Com produção de Daniel Ganjaman, Guilherme Held e Marcelo Cabral, ouvimos músicas influenciadas pelo momento pelo qual o Brasil passava. Muita reflexão, embalada por uma musicalidade de primeira qualidade.
Faixas de destaque: “Convoque Seu Buda” e “Cartão de Visita”
Não e segredo para ninguém o impacto e a importância dos Racionais MC’s para a música brasileira, em Cores e Valoreso grupo se reúne para o primeiro disco de inéditas em mais de uma década. Também é possível ver uma nova assinatura estilística no álbum, com canções mais curtas e a experimentação de estilos como o trap e o neo soul.
Faixas de destaque: “Preto Zica” e “Quanto Vale o Show”
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A cantora e compositora Anelis Assumpção entrega nesse disco uma pegada pop cheia de personalidade. Ela brinca com gêneros como o rock, o reggae e o hip hop em suas composições, tudo muito bem feito. A artista cria uma atmosfera envolvente e nos faz querer ser um de seus amigos imaginários.
Faixas de destaque: “Inconcluso” e “Eu Gosto Assim”
O trio paulistano ganha aqui a densidade que vamos encontrar nos trabalhos seguintes. O disco autointitulado é cheio de personalidade e musicalmente falando, é feito com maestria. Melodias e letras bem trabalhadas mostram uma banda mais madura do que a que conhecemos no primeiro trabalho, mas igualmente comprometida com a música.
Faixas de destaque: “Ai, Ai, Como Eu Me Iludo” e “Eu Confesso”
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