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Bolsonaro repete Trump em dia com mais de 1 mil mortes por Covid-19: ‘Direita toma cloroquina, esquerda toma tubaína’

O presidente brasileiro, defensor do uso do medicamento, não citou os números de óbitos no país

Redação Publicado em 20/05/2020, às 11h24

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Jair Bolsonaro (Foto: Gabriela Bilo / Estadão Conteúdo / Agência Estado / AP Images)
Jair Bolsonaro (Foto: Gabriela Bilo / Estadão Conteúdo / Agência Estado / AP Images)

Em entrevista a Magno Martins, o presidente Jair Bolsonaro repetiu a postura de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, e insistiu na utilização do medicamento. O Brasil ultrapassou a marca de mil mortes por COVID-19 em 24 horas nesta terça, 19.

Em live realizada no Instagram de Martins, e publicada no canal oficial do presidente, Bolsonaro não citou a marca recorde de óbitos por COVID-19 no país. De acordo com dados do Ministério da Saúde, foram registradas 1.179 mortes por coronavírus em 24 horas. No total, o país ultrapassa 17 mil pessoas mortas pelo vírus.

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Ao final da live, ele comentou a mudança no protocolo do uso de cloroquina. Eduardo Pazuello, ministro interino da Saúde, ampliará as diretrizes de utilização da cloroquina. O medicamento já é utilizado em casos graves da doença, mas com o novo protocolo, será possível utilizar também na fase inicial de contágio e em casos leves de COVID-19. Ainda não há comprovação científica da eficácia do medicamento.

“Pode ser que, lá na frente, digam que a cloroquina foi um placebo e não serviu para nada, tudo bem. Mas pode ser que, daqui a dois anos, [digam] ‘Olha, realmente curava’”, explicou. “Toma quem quiser, quem não quiser, não toma. Quem é de direita toma cloroquina. Quem é de esquerda toma Tubaína”, brincou Bolsonaro, com um trocadilho da marca de refrigerantes.

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Quando os Estados Unidos alcançou a marca de mil mortes em um dia, em abril, Trump incentivou o uso da cloroquina. “O que você tem a perder? Tome”, disse em uma coletiva de imprensa, de acordo com a BBC.

Em publicação nas redes sociais, na manhã desta quarta, 20, Bolsonaro lamentou as perdas, sem citar os dados. "Dias difíceis. Lamentamos os que nos deixaram. Hoje teremos novo protocolo sobre a Cloroquina pelo Ministério da Saúde. Uma esperança, como relatado por muitos que a usaram", escreveu. 


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