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Mulher-Maravilha balança por raios e intercepta tiros de pistola, mas diretora quis Gal Gadot com o mínimo de CGI

A atriz da heroína e Patty Jenkins, diretora, usaram o mínimo possível de efeitos especiais para criar sequências de ação

Yolanda Reis Publicado em 08/12/2019, às 19h42

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Gal Gadot, a Mulher-Maravilha, na CCXP (Vanessa Bumbeers / I Hate Flash)
Gal Gadot, a Mulher-Maravilha, na CCXP (Vanessa Bumbeers / I Hate Flash)

O Auditório Cinemark continha 3 mil pessoas em polvorosa na noite deste domingo, 8 - todas ansiosas para receber a atriz Gal Gadot e a cineasta Patty Jenkins. O último painel do dia - e do evento - apresentou o já muito esperado Mulher-Maravilha 1984, sequência do longa de 2017.

Para aumentar as expectativas, cada uma das pessoas sentadas recebeu um par de braceletes - uma alusão ao acessório da super-heroina - que piscavam, multicoloridos, em sincronia. Ativavam-se sempre que alguém gritava "maravilha," ou a comando da equipe técnica. Erguiam-se com frequência - e a primeira explosão de luz aconteceu com a chegada de Patty Jenkins ao palco.

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A diretora foi recebida com um rompante de alegria: um coro com seu nome, mãos balançando, pés batendo. Parecia uma pop star. O que, na verdade, talvez seja. Não seriam os super-heróis e a própria Mulher-Maravilha o advento da cultura pop dos últimos anos?

Foi isso, pelo menos, que Jenkins quis explorar ao trazer a heroína para 1984, ano em que ocorre o novo filme da Mulher-Maravilha, pois a escolha do ano faz jus ao popular - foi nessa década que houve o apogeu da cultura ocidental moderna, garante a cineasta. E depois de explorar o passado, queria trazer Diana de volta para o futuro.

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Para conseguir entrar no clima do filme, Mulher-Maravilha 1984 foi gravado da maneira mais "oitentista" possível, e prestou homenagem à década e aos diretores mais lendários do cinema.

Jenkins bebeu das fontes antigas e dispensou, sempre que pode, efeitos de CGI. A maioria das cenas foi gravada "na raça" por Gadot (Diana/Mulher-Maravilha), Pedro Pascal (Maxwell Lord), Chris Pine (Steve Trenor) e Kristen Wigg (Mulher-Leopardo).

"Queríamos tudo atual", explicou Jenkins. "Lugares reais, pessoas reais, batalhas reais." Gadot endossou: "Foi o maior filme da minha carreira. Quase não usamos efeitos especiais. Filmamos tudo! E tentamos fazer o máximo possível."

O CGI foi somente quando precisavam fugir da realidade. E haverá muito momentos assim, se esses tiverem algo a ver com o clipe exclusivo exibindo no painel. Ele mostra Diana fazendo acrobacias impensáveis com seu laço da verdade, impedindo uma bala de acertar Steve, interceptando-a em pleno ar; capturando os bandidos e até - pasmem - navegando em raios elétricos!

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Mas as cenas incríveis levaram o público ao delírio. Enquanto Mulher-Maravilha arrebentava na tela, 3 mil pares de pés batiam o chão (sem medo da estrutura frágil despencar) e 6 mil pulseiras piscavam, multicoloridas, para deleite de Gadot e Jenkins, que olhavam tudo encantadas.

Mas têm todas a razão de estarem encantadas. Se Mulher-Maravilha tiver nos cinemas metade da positividade que teve no painel, será, sem dúvidas, o filme de heróis do ano.