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Deadpool, Mulher-Maravilha e Batwoman: 7 personagens LGBTQ+ da Marvel e da DC Comics [LISTA]

Bienal do Livro do Rio de Janeiro recebeu, nesta semana, orientações do prefeito Marcello Crivella para recolher uma HQ com conteúdo LGBTQ+ - separamos algumas outras que também tratam do assunto

Redação Publicado em 06/09/2019, às 17h42

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Deadpool beijando O Justiceiro, Mulher Maravilha e Batwoman beijando noiva (Foto 1: Reprodução / Marvel e Fotos 2 e 3: Reprodução / DC Comics)
Deadpool beijando O Justiceiro, Mulher Maravilha e Batwoman beijando noiva (Foto 1: Reprodução / Marvel e Fotos 2 e 3: Reprodução / DC Comics)

Marcelo Crivella, prefeito do Rio de Janeiro, pediu em seu Twitter nesta quarta, 4, o recolhimento da HQ A Cruzada das Crianças, história dos NovosVingadores, das prateleiras da Bienal do Livro. Isso porque, em um dos quadrinhos, há um desenho de um beijo gay. 

Na cena em questão, os super-heróis Wiccano e Hulkling, casal já famoso e querido das histórias, trocam um abraço e dão um beijo na boca. Tudo, é claro, em traços de desenhos lineares típicos dos quadrinhos. 

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O apelo de Crivella foi em vão: depois de ter reclamado da cena “imprópria,” o que conseguiu foi chamar a atenção para A Cruzada das Crianças: no dia seguinte, as impressões estavam esgotadas na Bienal. O que pode ajudar a provar algo: está tudo bem personagens serem LGBTQ+ - isso não vai estragar uma história, torná-la imprópria ou menos divertida. 

E Wiccano e Hulkling estão longe de serem os únicos personagens que fogem do padrão “família tradicional.” Mais e mais, aMarvel (dona dosVingadores) e também a DC Comics abrem espaço para personagens abertamente gays, lésbicas e bissexuais.

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E se você ficou sem conseguir comprar uma edição de A Cruzada das Crianças, não tema! Separamos 7 personagens LGBTQ+ das histórias em quadrinhos que ainda não tiveram edições esgotadas para você conhecer. Veja:

Homem de Gelo - Marvel Comics

O Homem de Gelo apareceu nas páginas da Marvel pela primeira vez em 1963 - mas demorou alguns anos para que sua sexualidade fosse explorada. Apenas em 2015 o mutante Bobby Drake revelou a Jean Grey que, na verdade, gostava de garotos. Os dois estavam em sua forma jovem, e o garoto estava enfrentando alguns problemas para lidar consigo mesmo. Jean Grey descobriu tudo com seus poderes telepáticos, e conseguiu ajudar o colega a lidar com a situação. 

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Nesse universo, as versões adolescentes e adultas dos personagens convivem - e o Homem de Gelo adolescente confrontou seu “eu adulto,” fazendo com que esse também se abrisse, pois ainda não havia feito.


Batwoman - DC Comics

Quando Batwoman surgiu, era pouco mais do que uma “versão de saias” do Batman - além de sua amante. Mas Kate Kane evoluiu e passou a ser uma personagem forte e marcante, uma mulher que não está nem aí para seu ex-amante. 

A Kate de hoje em dia é abertamente lésbica - e inclusive perdeu seu cargo no exército por isso. Mas sair de lá permitiu que ela fosse a Batwoman. Já no novo “cargo,” teve um longo relacionamento com a policial Maggie Sawyer, que chegou a ser a sua noiva. Infelizmente, a cerimônia nunca foi realizada nas HQ - os escritores foram proibidos pela DC Comics. Como resposta, os criadores J.H. Williams e W. Haden Blackman pediram demissão. 


Estrela Polar - Marvel Comics

Jean-Paul Beaubier é o mais antigo personagem abertamente LGBTQ+ da Marvel. Ele surgiu no começo dos anos 1990 com uma missão: ajudar a conscientizar os jovens sobre a epidemia de AIDS que corria o mundo. Em uma época na qual DSTs ainda eram um tabu, a camisinha era usada majoritariamente em relações heterossexuais como método contraceptivo, e não método de barreira geral; por isso, precisava haver uma campanha de conscientização mais especializada no públicoLGBTQ+. E o Estrela Polar veio para ajudar nisso. 

Sua história é trágica: Estrela Polar adota uma bebê abandonada que havia nascido soropositiva, mas ela morre algumas semanas depois. No meio de sua dor, o mutante conhece Major Plátano, outro super-herói que havia perdido o seu filho, debilitado pela AIDS. 

Como forma de suporte mútuo na hora de superar a dor, os dois se aproximaram - e acabaram desenvolvendo um relacionamento romântico.E Jean-Paul Beaubier virou, então, um símbolo para a comunidade LGBTQ+ e um meio para discutir o então tabu da AIDS. O casal casou-se em 2012, em uma cerimônia rodeada de outros super-heróis. 


Constantine - DC Comics

Um dos maiores anti-heróis da DC Comics, John Constantine é bissexual. A revelação foi feita em uma época que isso não era muito discutido: 1992. Ele relatou seus namorados e namoradas. 

A revelação casual e sem foco no assunto em si foi uma das marcas de Constantine. Desde então, sempre que fala na sua sexualidade, é de forma casual - nada do alarde enorme feito por outros personagens. 


Mulher-Gato - DC Comics

Selina Kyle é uma personagem astuta e sensual - e sabe disso. Usa o seu charme para conseguir o que quer, e sempre flerta com homens e com mulheres para alcançar seus objetivos. 

Seu primeiro relacionamento com mulheres mostrado nas HQs aconteceu em 2015, em uma história criada por Genevieve Valentine. Ela recebeu um beijo surpresa de outra mulher: mas surpresa só para ela, e não para quem já lia suas HQs há tempo. 


Deadpool - Marvel Comics

Wade Wilson não se encaixa nos padrões sociais - isso fica claro em basicamente qualquer coisa que o anti-herói faz. Então, era de se esperar que sua vida amorosa não fosse das mais quadradas. Altamente sexual, Deadpool acha que não vale a pena se ater a algum gênero e padrão - e sente atração por todo tipo de gente. Mas beijando quem for, uma coisa é certa: o Homem-Aranha sempre será o dono de seu coração. 


Mulher-Maravilha - DC Comics

Crescendo como Amazona em Themyscira, Diana teve relacionamentos com mulheres. E na sociedade matriarcal, nunca nem conheceu o conceito de “hétero” ou “gay” ou “lésbica.” Nem faria sentido em um lugar com gente de um gênero só. 

Por isso, Mulher-Maravilha sempre foi bissexual, como explicou o quadrinista Greg Rucka. Em seu mundo original, relacionava-se com mulheres. Agora, mulheres ou homens, o que sentir vontade - não se atém a isso na hora de escolher.